Copel reverte prejuízo e lucra R$ 307,7 milhões no 2° trimestre

895

São Paulo, SP – A Companhia Paranaense de Energia (Copel) registrou lucro líquido reportado de R$ 307,7 milhões no segundo trimestre de 2023 (2T23), ante prejuízo líquido
de R$ 522,4 milhões registrados no 2T22. A empresa menciona, no relatório, que o resultado do 2T22 teve o impacto da Lei 14.385/2022 com a provisão para destinação de créditos de PIS e COFINS e efeito líquido de R$ 1,2025 bilhão no resultado do trimestre. Desconsiderando esse efeito, o lucro líquido no 2T22 seria de R$ 680,1 milhões.

A receita operacional líquida, por sua vez, totalizou R$ 5,359 bilhões no 2T23, crescimento de 1,9% em relação aos R$ 5,3258 bilhões registrados no 2T22.

O resultado é reflexo, principalmente: (i) do aumento de R$ 251,7 milhões na receita de disponibilidade da rede elétrica, ii) acréscimo de R$ 56,7 milhões na receita de construção, em função, essencialmente, do aumento do volume de obras relacionadas ao programa “Transformação” (iii) crescimento de R$ 7,9 milhões no resultado de ativos e passivos financeiros setoriais (CVA), consequência do aumento nos custos com energia, encargos e outros componentes financeiros; e (iv) aumento de R$ 5,9 milhões na linha “outras receitas operacionais”.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 1,1 bilhão, avanço de 56,3% na comparação anual. Já o ajustado (excluídos os itens não recorrentes)
atingiu R$ 1,2798 bilhão, montante 14,7% inferior aos R$ 1,4995 bilhão registrados no 2T22.

O número é reflexo, sobretudo, da menor remuneração sobre ativos de transmissão, parcialmente compensado, pelo melhor resultado da Copel da Distribuição, pela melhor performance de complexos eólicos existentes e pela entrada em operação de novos ativos de geração (complexos eólicos Jandaíra, Aventura e SRMN). Desconsiderando o resultado de equivalência patrimonial, o Ebitda ajustado teve redução de 6,5% 2T23 ante 2T22.

O total da dívida consolidada da Copel somava R$ 16,307,7 bilhões em 30 de junho de 2023, variação de 30,9% em relação ao montante registrado em 31 de dezembro de 2022, de R$ R$ 12,454,2 bilhões. No final do 2T23, o endividamento bruto da companhia representava 74,1% do patrimônio líquido consolidado, que era de R$ 22,102 milhões A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda, alcançou 2,5 vezes no período, ante 2,4 vezes no trimestre anterior.