São Paulo – O programa para o desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus realizado pela farmacêutica francesa Sanofi e pela britânica GlaxoSmithKline (GSK) sofreu um atraso, uma vez que foi detectada imunidade abaixo do esperado em idosos, e novos estudos vão começar em fevereiro de 2021.
Segundo a Sanofi, em comunicado, o atraso na candidata a vacina baseada em proteína recombinante com adjuvante visa a “melhorar a resposta imunológica em adultos mais velhos”.
“Os resultados provisórios do estudo de fase 1/2 mostraram uma resposta imunológica comparável aos pacientes que se recuperaram de covid-19 em adultos com idade entre 18 e 49 anos, mas uma resposta imunológica baixa em adultos mais velhos provavelmente devido a uma concentração insuficiente do antígeno”, diz a nota.
As empresas planejam um estudo de Fase 2b com início previsto para fevereiro de 2021. Se os dados forem positivos, um estudo global de Fase 3 pode começar no segundo trimestre de 2021, de acordo com o comunicado.
“Os resultados positivos deste estudo levariam a submissões regulatórias na segunda metade de 2021, atrasando, portanto, a disponibilidade potencial da vacina de meados de 2021 para o quarto trimestre de 2021”.
O programa de vacina contra covid-19 da Sanofi e da GSK foi selecionado em julho de 2020 pela “Operação Warp Speed” do governo dos Estados Unidos para acelerar seu desenvolvimento e fabricação. As empresas afirmaram ainda que atualizaram os governos e a Comissão Europeia, onde foi firmado um compromisso contratual de compra da vacina.