Cosan reverte lucro para prejuízo líquido de R$ 125,3 milhões no segundo trimestre

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São Paulo – A Cosan registrou lucro líquido consolidado de R$ 125,3 milhões no segundo trimestre de 2022, ante o lucro líquido de R$ 942,4 milhões apurado no mesmo intervalo do ano anterior, explicado pelos impactos pontuais sem efeito caixa no resultado financeiro do Corporativo, e do aumento da taxa de juros gerando maiores despesas financeiras para todos os negócios. Esses efeitos foram parcialmente neutralizados pela melhora do EBITDA de todas as empresas do portfólio, conforme explicado anteriormente..

O lucro líquido ajustado diminuiu 94,6% no período, para R$ 53,6 milhões, na mesma base de comparação, pelos mesmos motivos mencionados.

A receita líquida do conglomerado registrou R$ 42,8 bilhões no segundo trimestre, 69,4% maior que o visto no mesmo período do ano anterior.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que , que exclui os efeitos pontuais incorridos nos trimestres, entre abril e junho totalizou R$ 4,1 bilhões, aumento de 34,5% ante o mesmo intervalo de 2021 foi de R$ 4,1 bilhões, alta de 35% na comparação anual, foi impulsionado pelo excelente desempenho operacional de todas as empresas do portfólio, destacando, na Raízen, os volumes comercializados superiores, com maior rentabilidade.

Por unidades de negócio, a Raízen alcançou EBITDA ajustado de R$ 3,7 bilhões (+55%), alavancado por maiores volumes de combustíveis, açúcar e etanol, maximização da rentabilidadee estratégia de precificação. No trimestre, a Raízen Energia moeu 26,4 milhões de toneladas de cana, queda de 15% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A Rumo apresentou EBITDA de R$ 1,2 bilhão (+5%), alavancado pelo maior volume transportado pela Operação Norte.

A Compass Gás & Energia atingiu EBITDA de R$ 878 milhões (+35%), impulsionado por margens maiores, em função de ganhos de eficiência, e consolidação dos resultados da Sulgás.

A Moove apresentou EBITDA recorde de R$ 232 milhões (+56%), beneficiado pela expansão nas vendas e contínua melhora na rentabilidade, além da consolidação dos novos ativo. O volume de venda de lubrificantes da Moove foi de 128,8 mil m/3, alta de 26,6% ante igual intervalo de 2021.

O EBITDA da Cosan Investimentos no 2T22 foi de R$ 105 milhões, crescimento de 5,7x frente ao 1T22. A maior contribuição para os resultados do segmento vem da Radar, cujo EBITDA foi de R$ 121 milhões no período, alavancado pela marcação a mercado da valorização de propriedades agrícolas que compõe seu portfólio de terras.

A Cosan encerrou o trimestre com dívida bruta de R$ 57,7 bilhões (+14% versus 1T22), aumento explicado por) novas emissões de dívidas na Raízen, destinadas ao plano de expansão da empresa, captação na Moove para aquisição da PetroChoice, emissão de uma nova debênture no Corporativo e variação cambial no Bônus Perpértuo devido à desvalorização do Real frente ao Dólar. Em função dessas movimentações, o saldo de dívida líquida ao final do período foi de R$ 38,2 bilhões, aumento de 28% frente ao trimestre anterior.

A alavancagem, relação entre a dívida líquida sobre o ebitda, fechou em 2,4 vezes no período, versus 2,7 vezes no mesmo período do ano anterior. A redução é reflexo da melhor performance operacional de todas as empresas do grupo e dos efeitos não-recorrentes provenientes do IPO da Raízen, da incorporação da Biosev e do ganho por compra vantajosa da Radar, que resultaram no aumento relevante do EBITDA dos últimos 12 meses.