São Paulo, SP – A Cosan registrou lucro líquido ajustado de R$ 145,2 milhões entre abril e maio de 2022, ante prejuízo de R$ 178,6 milhões no mesmo intervalo do ano anterior, suportado pelo desempenho dos negócios, além da marcação a mercado do Total Return Swap (TRS) das ações da própria companhia, que valorizaram 18%, e dos Perpetual Notes, devido à valorização do real frente ao dólar. A companhia ressaltou que os resultados da Cosan Corporativo não incluem os efeitos oriundos da participação da Cosan na Vale.
No semestre, a companhia apresentou prejuízo ajustado de R$ 541,3 milhões, ante lucro de R$ 340,2 milhões um ano antes. A receita líquida do conglomerado registrou queda anual de 19,4% no segundo trimestre, totalizando R$ 34,5 bilhões.
“O portfólio de negócios da Cosan apresentou em mais um trimestre forte desempenho operacional, atingindo ebitda ajustado, em base pro forma, de R$ 4,4 bilhões, aumento de 7% em comparação ao mesmo período do ano anterior”, comentou a administração da empresa.
Na Raízen, o destaque vai para a aceleração da moagem e ganhos relevantes de produtividade agrícola, ainda que o trimestre tenha sido negativamente afetado por perdas com inventário de combustíveis. Na Rumo, o resultado foi impulsionado pela expansão dos volumes transportados e da tarifa média consolidada, refletindo a competitividade do modal ferroviário. Na Compass, o mix mais rico com o crescimento dos segmentos residencial e comercial compensou a queda de volume industrial no trimestre. O crescimento da Moove foi alavancado pelo maior volume e melhor mix de produtos vendidos em todos os mercados. Na Cosan Investimentos, que tem como principal componente o segmento de Terras, a valorização do portfólio de propriedades agrícolas, somada ao aumento das receitas com arrendamentos, contribuiu positivamente para o resultado.
Os investimentos da Cosan cresceram 17,7% ante um ano antes e chegaram a 2,4 bilhões no 2T23.
Ao final do trimestre, a dívida líquida da Cosan era de R$ 13,8 bilhões, alta de 10% na comparação anual. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda, encerrou o período em 2,0 vezes, queda de 0,4 ponto percentual (pp). A companhia destacou as emissões realizadas nos mercados de dívidas local e internacional, com o objetivo de otimizar a estrutura de capital e garantir financiamento competitivo para os investimentos em seu portfólio. Foram duas debêntures de R$ 1 bilhão cada, além do Bond 2030, a primeira emissão de Senior Notes entre as empresas brasileiras de high yields depois de mais de um ano sem atividade nesse mercado, levantando US$ 550 milhões com um custo bastante competitivo quando consideramos o swap para CDI.
Por consequência, a geração de caixa gerencial foi de R$ 4,5 bilhões, alavancada pelas novas captações e pelos dividendos recebidos no período.