São Paulo – O presidente Jair Bolsonaro “com certeza” estará entre as pessoas cujo indiciamento será solicitado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que apura erros e omissões do governo no combate à pandemia de covid-19, disse o relator Renan Calheiros (MDB-AL) durante uma entrevista coletiva.
“Nós não vamos falar grosso na investigação e miar no relatório. Com certeza será sim, pelo o que praticou”, disse o senador ao ser questionado sobre a inclusão de Bolsonaro entre os indiciados. Ele acrescentou que, no total, deve solicitar o indiciamento de pouco mais de 30 pessoas, embora este número ainda não tenha sido fechado.
“Não há quantificação, mas nós vamos mandar para a Procuradoria-Geral da República (PGR) apenas o que couber à PGR, e vamos destrinchar para mandar para Ministério Público do Distrito Federal, de São Paulo, de outros estados, para Tribunal de Contas da União (TCU), os outros aspectos do próprio relatório”, disse Renan Calheiros.
Ele acrescentou que a CPI também enviará para a Câmara de Vereadores de Sâo Paulo e para a Assembleia Legislativa de São Paulo os “elementos probantes” referentes às investigações em torno da Prevent Sênior.
O senador reiterou que deve ter o relatório da CPI pronto a partir de 15 de outubro e que o documento será lido no dia 19, após uma cerimônia em homenagem à vítimas da covid-19. A previsão dele é de que a votação do relatório comece no dia 20 de outubro.
