São Paulo – O Credit Suisse aumentou os preços-alvo da Energisa para R$ 58,80, de R$ 54,00, e Equatorial para R$ 32,50 (de R$ 25,20), reiterando a classificação “outperform” (equivalente à compra) para as ações, para incluir um novo ativo da transmissão e 73 MWp em geração distribuída para a primeira, as recentes aquisições em distribuição (CEEE-D, no Rio Grande do Sul, e CEA, no Amapá) e saneamento (Amapá) na segunda e o novo cenário macro e resultados do primeiro semestre do ano e taxa de desconto atualizada.
A análise macro implica maiores estimativas para o crescimento de volume, de 6,1% e 2,2% para o consumo total brasileiro em 2021 e 2022, ante 4,6% e 2,8% anteriormente. Já os resultados semestrais incorporam uma nova tendência para sinistralidade, provisões e custos. A nova taxa de desconto considera uma elevação do custo de capital próprio de 10,1% para 13,1%.
“Embora as opções de crescimento poderiam ser mais limitadas, em tamanho e retorno, ainda vemos o consumo de eletricidade crescendo e acreditamos que mais serviços estão sendo adicionados ao portfólio da distribuidoras. Nós acreditamos que as avaliações são atraentes e, como resultado, mantemos uma visão favorável para o setor”, escreveram os analistas Carolina Carneiro e Rafael Nagano, em relatório.
Eles citam riscos hidrológicos de de possível racionamento, que podem pressionar o capital de giro devido a custos térmicos e prejudicar as margens com volumes menores. Outros risco são a regulamentação, que pode impactar a metodologia de custos e sinistralidade da companhias, de volumes (com o desempenho econômico em 2022 limitando o crescimento dos ganhos) e de competição por novos ativos, que pode limitar vantagens.
