São Paulo – O banco Credit Suisse elevou o preço-alvo das ADRs (recibos de ação de empresas estrangeiras negociados na Bolsa de Valores de Nova York) da Petrobras de US$ 15,00 para US$ 16,00, e reiterou a classificação “outperform” (equivalente à compra) com base em melhores previsões para os preços do petróleo.
O banco também aumentou sua estimativa em relação ao ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Petrobras em 20% para 2021 e 6% para 2022, devido ao aumento nos preços do petróleo.
Na avaliação dos analistas, a alta dos preços é puxada pelo dólar fraco e também pela decisão da Arábia Saudita de cortar sua produção entre fevereiro e março deste ano.
“Os preços do petróleo oscilam frequentemente entre muito baixos e muito altos. As petrolíferas, meras produtoras de commodities, são diretamente impactadas por esses ciclos de mercado. Embora essa máxima funcione para o mal, assim como para o bem, acreditamos que os preços estarão em ascensão em 2021”, disseram em relatório.
Os analistas ainda destacaram que apesar de preços mais altos do petróleo sejam geralmente bons para as empresas, no caso da Petrobras, também geram preocupações e riscos de interferência política nos preços da gasolina e do diesel. Porém, acreditam que a estatal deve conseguir equiparar os seus preços com os do mercado internacional.
“A Petrobras está atualmente atrasada na paridade de importação em cerca de 10%. Ainda assim, acreditamos que os preços acabarão por se equiparar aos preços internacionais e esse risco será muito mitigado no futuro, conforme a Petrobras alienar as refinarias”, afirmaram.
Edição: Danielle Fonseca (daniele.fonseca@cma.com.br)