São Paulo – O Credit Suisse iniciou a cobertura das ações da Eletrobras com recomendação de “outperform” (equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 50,30 para os papéis preferenciais da estatal (ELET6). Já as ordinárias (ELET3) receberam recomendação de “neutral” (equivalente à manutenção) e preço-alvo de R$ 45,90.
“Nossa visão positiva sobre as ações preferenciais são sustentadas pela decente geração de fluxo de caixa (resultado de várias medidas de eficiência tomadas entre 2016 e 2019), que garante um dividendo razoável mesmo no caso do cenário de privatização da companhia não se materializar”, disseram os analista do Credit, Carolina Carneiro e Luís Lima, em relatório.
Já para as ordinárias terem um maior potencial de alta é preciso que a privatização aconteça.
No melhor cenário, considerando 50% de chance de uma privatização, os analistas acreditam que as ações poderiam negociar em patamares muito mais elevados, com as preferenciais chegando a R$ 66,20 e ordinárias a R$ 62,40. Já no pior cenário, os papéis caíram para R$ 41,80 e R$ 37,30, respectivamente.
Os analistas destacam que o ano de 2020 será chave com o Congresso discutindo o projeto de lei de capitalização da companhia. A empresa está atualmente vendendo energia a R$125/MWh e a capitalização deve permitir que ela venda a preços do mercado e se prepare para novas concessões. “Esperamos uma recuperação de caixa em 2020, depois de aumento de capital de dezembro de 2019; os resultados do novo PDV anunciado no fim de 2019; e desinvestimento de ativos não-essenciais”, afirmaram.
Às 10h58 (de Brasília), as preferenciais (ELET6) tinham queda de 2,92%, a R$ 41,15, enquanto as ordinárias caíam 3,06%, a R$ 39,50, refletindo a aversão ao risco generalizada em função da rápida disseminação do coronavírus.