São Paulo – Em julho, os financiamentos imobiliários com recursos da poupança somaram R$ 17,9 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O volume é 4,5% menor que o do mesmo mês do ano passado, mas representa alta de 12,8% em relação ao mês imediatamente anterior.
Segundo a Abecip, o resultado é o melhor para um mês este ano, e também é o segundo maior volume para julho na série histórica da entidade. Ao todo, nos sete primeiros meses de 2022, foram R$ 103,5 bilhões em financiamentos através do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), queda de 10,6% no comparativo anual.
O número de unidades financiadas em julho, de 73,1 mil, também foi o melhor registrado em 2022 até aqui, embora tenha sido 9,9% menor que o visto no mesmo mês de 2021. Em relação a junho deste ano, houve aumento de 18,5%. De janeiro a junho, foram financiados 427,9 mil imóveis com recursos da poupança, queda de 14,3% em base anual.
No financiamento à construção, os desembolsos foram de R$ 3,8 bilhões em julho, liderados pela Caixa Econômica Federal (CEF), com R$ 2,2 bilhões, seguida por Bradesco, com R$ 618 milhões, e pelo Itaú, com R$ 563 milhões.
Na aquisição, foram R$ 14,1 bilhões, também sob a liderança da Caixa, que desembolsou R$ 8,6 bilhões no mês. O Itaú vem em seguida, com R$ 2,9 bilhões, e o Bradesco anotou desembolsos de R$ 1,3 bilhão.
Captação líquida
A Abecip informa ainda que a poupança SBPE teve saques líquidos de R$ 11,6 bilhões em julho, no pior resultado para o mês para os últimos 28 anos. A entidade aponta que historicamente, julho costuma ser um mês de captação líquida. No ano até julho, os saques da poupança SBPE foram de R$ 48,2 bilhões.
Ao todo, o saldo da poupança era de R$ 772,3 bilhões, 3,2% menor que o de um ano antes, e 0,88% abaixo do mês anterior.