São Paulo – O presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Jorge Loureiro, disse que a crise energética no Brasil não deve afetar a maioria das grandes usinas que operam no país. Ele cita que essas empresas possuem produção própria de energia.
Em relação aos consumidores, Loureiro afirmou que, até o momento, não houve indicação de alguém diminuindo o consumo por causa de um possível racionamento.
“Está havendo a adequação de produção para fora do horário de pico. Não temos nenhuma indicação de diminuição no consumo com o aumento do custo da energia”, explicou.
O presidente da Inda também alertou que o aumento no valor da energia pode ter reflexo na inflação e que isso pode impactar o crescimento do setor de aço.
“No final da linha nós vamos ter um crescimento menor global do que estávamos imaginando. Definitivamente é um empecilho para que a gente possa melhorar nossas vendas e o crescimento. Não temos ainda quantificado nenhum número específico e nem informação de cliente que está diminuindo a compra por causa de um possível racionamento”, finalizou.
DADOS DE AGOSTO
Hoje, o Inda informou que as vendas de aços planos caíram 26,6% em agosto em relação ao mesmo período de 2020, ficando em 274,5 mil toneladas). Na comparação mensal, houve alta de 5%.
No mês passado, as compras de aços planos recuaram 2%, em base de comparação anual, para 302,5 mil toneladas. Com relação a julho, em que foram compradas, as aquisições aumentaram 2,2%.
Em agosto, os estoques aumentaram 3,4% ante julho, atingindo o montante de 848,2 mil toneladas. O giro dos estoques fechou em 3,1 meses.
As importações avançaram 219,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, com volume de 189,7 mil toneladas. Ante o mês anterior, houve recuo de 10,2% nos embarques.
Para setembro, a expectativa do Inda é de que tanto a compra quanto a venda tenham alta de 2% em relação a agosto.
Bruno Soares / Agência CMA