São Paulo – A CSN informou que a sua controlada CSN Cimentos celebrou um contrato por meio do qual pretende adquirir 100% das ações da LafargeHolcim. Segundo a companhia, a operação foi avaliada pelo valor base de US$1,025 bilhão, sujeito a ajuste de preço e valor retido em conta-caução (escrow), além dos demais termos e condições previstos no respectivo contrato.
O fechamento da Operação, que envolve pagamento em caixa, está sujeito à aprovação por parte da autoridade concorrencial.
A aquisição adiciona uma capacidade produtiva à da CSN Cimentos de 10,3 milhões de toneladas de cimento por ano por meio de plantas de cimentos estrategicamente localizadas no Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, além de substanciais reservas de calcário de alta qualidade e unidades de concreto e agregados.
“São esperadas relevantes sinergias operacionais, logísticas, de gestão e comerciais, com espaço para evolução de mix de produtos e expansão da base de clientes”, disse a CSN, em fato relevante publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
De acordo com a siderúrgica, este movimento se insere na estratégia de expansão da CSN Cimentos em meio à recuperação do consumo de cimento no Brasil, demonstrando a capacidade da empresa de assumir papel de destaque no setor.
Com o fechamento da operação, a CSN Cimentos passará a ter uma capacidade total de 16,3 MTPA (milhões de toneladas por ano) e presença cada vez mais abrangente no território nacional como um produtor relevante e de baixo custo.
REAÇÃO DO MERCADO E FUTURO IPO
As ações da CSN abriram em alta de cerca de 3% após a companhia informar que a sua controlada, a CSN Cimentos, adquiriu a LafargeHolcim por US$ 1,025 bilhão.
Com a compra, a empresa adicionará uma capacidade produtiva de 10,3 milhões de toneladas de cimento por ano e analistas destacam que isso significa que se tornará a terceira maior cimenteira nacional. Corretoras também veem a operação como um sinal positivo para a possível oferta pública inicial deações (IPO, na sigla em inglês) da CSN Cimentos.
Às 12h16 (horário de Brasília), os papéis da siderúrgica (CSNA3) tinha ganhos de 1,37%, a R$ 34,66, reduzindo os ganhos em relação à abertura do pregão.
Para o analista da Mirae Asset Corretora, Pedro Galdi, a notícia positiva, já que, com a aquisição, a empresa está tomando porte importante no setor, além de o movimento ser importante para quando a janela se abrir para o IPO da empresa, mais à frente. A CSN já afirmou que tem intenção de abrir o capital da CSN Cimentos, assim como fez da CSN Mineração recentemente.
“Uma aquisição estratégica importante em um momento em que a CSN melhorou substancialmente sua estrutura de capital com os recursos originados da abertura de capital da CSN Mineração”, disse ainda, em relatório.
Já para o analista da Guide Investimentos, Luís Sales, a aquisição traz robustez ao negócio de cimentos da CSN, com aumento bastante significativo de sua produção, além de acreditar que “pode atrair uma demanda maior do ponto de vista do investidor para a participação de seu IPO quando ocorrer”.
A Ativa Investimentos, por sua vez, destaca que a compra eleva a capacidade de produção anual da companhia em 2,6 vezes e é “um movimento relevante”.
