São Paulo – A tensão entre Washington e Pequim ganhou mais um capítulo depois que o presidente norte-americano, Joe Biden, assinou um decreto permitindo que alguns residentes de Hong Kong permaneçam nos Estados Unidos, citando a repressão chinesa à liberdade política.
“Esta ação demonstra o forte apoio do presidente Biden ao povo de Hong Kong em face da repressão em curso pela República Popular da China (RPC), e deixa claro que não ficaremos de braços cruzados enquanto a RPC quebra suas promessas a Hong Kong e à comunidade internacional”, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, em comunicado.
De acordo com o decreto, os residentes de Hong Kong que se qualificarem para o programa receberão uma autorização de trabalho por 18 meses e uma suspensão da deportação. Os governos anteriores também prorrogaram ações semelhantes além das datas de vencimento iniciais.
A decisão de Biden faz parte de uma série de objeções que Biden fez em relação ao comportamento da China contra Hong Kong e outros aliados. Nos últimos anos, a China intensificou seu controle sobre o território, negando a seus residentes direitos humanos e liberdades básicas e minando sua autonomia e capacidade para funcionar com segurança como um centro de negócios global.
No mês passado, Biden alertou as empresas norte-americanas que operam em Hong Kong sobre uma lei de segurança nacional restritiva importa por Pequim há um ano. Na ocasião, o governo norte-americano citou o risco de vigilância eletrônica sem mandados e a obrigatoriedade da entregar dados corporativos e de clientes ao governo chinês.