São Paulo, 1 de fevereiro de 2024 – O Diretor Geral do lado brasileiro da Itaipu, Enio Verri, disse hoje, em entrevista à Globo News, que o problema envolvendo a definição da tarifa de energia de Itaipu é uma questão diplomática. “O diálogo passa do campo dos diretores para o dos ministros das relações exteriores dos dois países”, apontou Verri.
O diretor lembrou que a questão já foi de difícil definição em 2022 e 2023 e que qualquer decisão precisa ser consensual entre Brasil e Paraguai. Como o presidente do país vizinho, Santiago Peña, se mostra pouco disposto a negociar, o lado brasileiro da direção fica de mãos atadas para efetuar pagamentos, mesmo com dinheiro em caixa.
Verri destaca que há uma diferença de visão. O Brasil quer energia barata para garantir melhores preços à população. Já o Paraguai, precisa de tarifas mais altas para financiar o desenvolvimento do país.
O diretor lembrou que há um debate para liberar a venda de excedentes paraguaios para outros países, fora do acordo com o Brasil. “No longo prazo, seria a melhor solução, pois levaria os preços aos referenciais do mercado”, disse. Verri colocou que no momento o Brasil paga mais pela energia de Itaipu que o mercado e que abrir mão do tratado poderia comprometer a arrecadação do Paraguai.
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