Demanda de petróleo em 2024 será de 1,3 mi de bpd, menor que em 2023, segundo AIE

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O relatório mensal de petróleo da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado hoje, traz uma queda na previsão de demanda pela commodity em 2024: 1,3 milhçao de barris de petróleo por dia (bpd), ante 2,3 milhões de bpd em 2023.

O motivo para a redução, segundo o relatório, se dá em especial pela adoção dos veículos elétricos, que não utilizam combustíveis fósseis.

Do lado da oferta, a produção mundial deverá cair 870 mil bpd no primeiro trimestre de 2024 ante o trimestre anterior, por conta das paralisações em paísess devido ao clima extremo, e os cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+).

“A partir do segundo trimestre, os países não-Opep+ deverão dominar os ganhos depois de alguns membros da Opep+ terem anunciado que iriam prolongar cortes voluntários adicionais para apoiar a estabilidade do mercado”, diz um trecho do relatório.

Prevê-se que a oferta global para 2024 aumente em 800 mil bpd para 102,9 milhões de bpd, incluindo um ajustamento descendente à produção da Opep+.

Além disso, o documento traz a previsão de aumento no consumo de petróleo nas refinarias, de um mínimo de fevereiro de 81,4 milhões de bpd para um pico de verão de 85,6 milhões de bpd em agosto.

Para todo o ano de 2024, a AIE prevê que a produção aumente 1,2 milhão de bpd, para uma média de 83,5 milhões de bpd, impulsionada pelo Oriente Médio, África e Ásia. As margens de refino melhoraram em meados de fevereiro, antes de recuarem, com os Estados Unidos e a Costa do Golfo, bem como a Europa a liderar os ganhos.

O crescimento da oferta de petróleo não-Opep+ será maior que a expansão da procura de petróleo por alguma margem. Liderada pelos Estados Unidos, prevê-se que a produção não-Opep+ aumente 1,6 milhão de bpd em 2024, em comparação com 2,4 milhões de bpd no ano passado, quando a produção global de petróleo aumentou 2 milhões de bpd, para 102 milhões de bpd. Ganhos substanciais também virão da Guiana, do Brasil e do Canadá, todos previstos para atingir níveis recordes este ano. Juntos, o quarteto das Américas não-Opep+ deverá adicionar 1,3 milhão de bpd de nova produção de petróleo em 2024.