Demanda global por viagens aéreas cai 53,1% em julho ante 2019, diz Iata

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São Paulo – A demanda global por viagens aéreas domésticas e internacionais, avaliada pelo número de passageiros pagantes multiplicados pela distância de cada voo no mês (RPK), foi 53,1% inferior ao registrado em igual período de 2019, antes da pandemia de covid-19, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês). O resultado é melhor que o de junho, quando houve queda de 60,1% em relação ao mesmo mês de 2019.
Devido ao impacto extraordinário da pandemia nos resultados de 2020, a entidade tem apresentados as comparações entre os resultados mensais de 2021 e 2019.
A oferta, medida em assentos disponíveis por quilômetro (ASK), teve retração de 45,2% na comparação com julho de 2019, com o aproveitamento das aeronaves de 73,1%, 12,4 pontos percentuais (pp) abaixo na mesma base de comparação.
A demanda de passageiros internacionais em julho foi 73,6% abaixo de julho de 2019, também registrando recuperação ante junho, quando houve queda de 80,9% em relação ao mesmo mês de 2019.
A demanda doméstica total caiu 15,6% em relação aos níveis pré-crise, novamente impactada positivamente pela recuperação da Rússia, com RPK 28,9% acima do registrado um ano antes, assim como em junho.
“Os resultados de julho refletem a ansiedade das pessoas em viajar durante o verão do hemisfério norte. O tráfego doméstico voltou a 85% dos níveis anteriores à crise, mas a demanda internacional só se recuperou um pouco mais de um quarto dos volumes de 2019”, comentou o diretor geral da Iata, Willie Walsh.
O executivo cita que as medidas de controle de fronteira têm sido problemáticas, com a falta de dados orientando as decisões de governos, particularmente no que diz respeito à eficácia das vacinas. “As pessoas viajavam para onde podiam, principalmente nos mercados domésticos. A recuperação das viagens internacionais precisa que os governos restaurem a liberdade de viajar. No mínimo, os viajantes vacinados não devem enfrentar restrições. Isso seria um longo caminho para reconectar o mundo e reviver os setores de viagens e turismo”, acrescentou.
O Brasil teve participação de 1,6% nas viagens aéreas globais, com queda de 19,6% na demanda doméstica (RPK) em julho deste ano em relação a julho de 2019, oferta (ASK) 18,0% inferior na mesma base de comparação e aproveitamento das aeronaves de 83,1%, 1,7 pontos percentuais (pp) abaixo na mesma base de comparação.