São Paulo – O Departamento de Justiça acusou um militar iraniano de conspirar para assassinar o conselheiro de segurança nacional do ex-presidente Donald Trump, John Bolton.
“O documento de acusação descreve alegações sobre as contínuas tentativas do Irã de realizar um assassinato contra o ex-conselheiro de Segurança Nacional John Bolton em solo americano”, informou num comunicado o atual ocupante do cargo de Bolton na gestão Biden, Jake Sullivan.
“Caso o Irã ataque qualquer um de nossos cidadãos, incluindo aqueles que continuam a servir os Estados Unidos ou aqueles que anteriormente serviram, o Irã enfrentará severas consequência”, completou o conselheiro.
Shahram Poursafi, 45 anos, é acusado de tentar organizar a morte de Bolton em retaliação ao ataque aéreo dos Estados Unidos em janeiro de 2020 que matou o principal comandante do Irã, general Qasem Soleimani, de acordo com documentos do tribunal.
Soleimani, que liderou uma unidade de forças especiais da guarda revolucionária de elite do Irã, tinha sido uma figura-chave na política iraniana e do Oriente Médio e sua morte exacerbou as já altas tensões entre o Irã e os Estados Unidos. O episódio desencadeou preocupações de retaliação das forças iranianas.
Bolton, que atuou como terceiro conselheiro de segurança nacional de Trump por 17 meses antes de renunciar, foi o principal arquiteto da campanha de “pressão máxima” do governo contra o Irã. O ex-conselheiro favoreceu a escalada das sanções econômicas e ameaças de retaliação ao Irã.
