Deputados vão escolher três novos integrantes da Mesa Diretora da Câmara

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Brasília – Os deputados vão escolher, nesta quarta-feira, três novos integrantes da Mesa Diretora da Câmara. As vagas de vice-presidente, segundo-secretário e terceiro-secretário foram abertas após a mudança de partidos dos integrantes eleitos em 2021: Marcelo Ramos (PSD-AM), Marília Arraes (Solidariedade-PE) e Rose Modesto (União-MS), respectivamente.

Marcelo Ramos atribuiu sua destituição da vice-presidência da Câmara à ação do presidente Jair Bolsonaro, de quem se tornou adversário político. Além de vice-presidente da Câmara, o deputado acumulava a vice-presidência do Congresso Nacional e conduzia a maioria das sessões conjuntas de deputados e senadores.

“Fui eleito pelo voto de 396 deputados e deputadas e destituído por um atendendo uma ordem do presidente da República”, afirmou.

O deputado afirmou sentir orgulho ao deixar o cargo na Mesa Diretora da Câmara. “Que outro sentimento poderia ter um homem que perde um cargo por não trair seus ideais e o seu povo?”, disse. “Tudo resolvido. Eles ficam com a cadeira. Eu fico com os meus ideais e com o povo do Amazonas”, completou.

O PL escolheu o deputado Lincoln Portela (MG) para a vaga de Marcelo Ramos. Também se inscreveram os deputados Capitão Augusto (PL-SP), Fernando Rodolfo (PL-PE), Bosco Costa (PL-SE) e Flávia Arruda (PL-DF). Para o cargo de segundo-secretário, o PT indicou o deputado Odair Cunha (MG). Para terceiro-secretário, o PSDB indicou a deputada Geovania de Sá (SC).

A votação é presencial. Para ser eleito, o candidato precisa ter o apoio da maioria absoluta (metade mais um) dos presentes, sendo exigido no mínimo 257 deputados no plenário.

Ao destituir os três deputados da Mesa Diretora, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), seguiu o Regimento Interno que estabelece que, se houver mudança de partido, o membro perderá automaticamente o cargo que ocupa.

Em 2016, o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, permitiu a manutenção do cargo na Mesa Diretora caso o titular mudasse para um partido do mesmo bloco. A decisão de Cunha manteve o ex-deputado Felipe Bornier como segundo-secretário mesmo após trocar o PSD pelo Pros.