No discurso do presidente da China, Xi Jinping, na sessão plenária da 15a Cúpula do BRICS, ele reforçou que as oportunidades para o desenvolvimento deve ser de todos, e não somente para poucos.
“O desenvolvimento é um direito inalienável de todos os países, e não a ‘patente’ de alguns países”, afirmou. “o mundo entrou em um novo período de turbulência e mudança, e está passando por grandes ajustes, grandes divisões e grandes reorganizações. A incerteza, a instabilidade e os fatores imprevisíveis estão aumentando”.
Xi reforçou que o BRICS defende a justiça internacional e regional, e que promove as economias emergentes. “Sempre fomos defensores e praticantes de uma política externa independente. Nas grandes questões internacionais, insistimos em partir do mérito da própria questão, falando de forma justa, fazendo negócios de forma justa e nunca trocando princípios, ceder à pressão externa, ou ser vassalo de outro país”.
O presidente chinês falou também sobre a segurança internacional, por conta da guerra na Ucrânia. “A mentalidade da Guerra Fria persiste e a situação geopolítica é sombria. Procurar a segurança absoluta de cada um à custa dos interesses de outros países acabará por prejudicar os seus próprios. A crise ucraniana chegou a este ponto devido a razões complexas. A principal prioridade é promover conversações de paz, promover o relaxamento, parar a guerra e alcançar a paz. Não devemos ‘colocar lenha nas chamas’ e deixar a situação piorar”.
Xi lembrou da importância de se fazer intercâmbio entre os países-membros do BRICS em vários aspectos, além dos econômicos e políticos. “Os países BRICS devem levar adiante o espírito de inclusão, defender a coexistência pacífica e a simbiose de diferentes civilizações e respeitar o caminho de modernização escolhido independentemente por cada país”.
O mandatário chinês criticou o protagonismo de alguns países em algumas decisões em nível global. “Quem tem braço grosso ou voz alta não deve ter a palavra final. Os países BRICS devem praticar o multilateralismo genuíno, manter o sistema internacional com as Nações Unidas como núcleo, apoiar e fortalecer o sistema comercial multilateral com a OMC como núcleo e opor-se à formação de ‘pequenos círculos'”.
