Dívida bruta termina 2020 em 89,3% do PIB, alta de 15 pp

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São Paulo – A dívida bruta do setor público brasileiro terminou o ano passado em 89,3% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 6,615 trilhões, o que representa alta de 15,o pontos porcentuais (pp) na comparação com 2019, segundo o Banco Central (BC).

A maior parte do aumento da dívida, como esperado, veio de novas emissões de títulos públicos, que contribuíram com 9,1 pp para o aumento da relação entre a dívida e o PIB. No ano passado, o governo se endividou muito mais do que o esperado para poder custear programas sociais e medidas de enfrentamento relacionadas à pandemia de covid-19.

A incorporação de juros também contribuiu para aumentar a relação entre a dívida e o PIB, em 4,7 pp, assim como a desvalorização do real (+1,3 pp).

A dívida líquida do setor público – dívida bruta subtraída de ativos em poder do governo que potencialmente poderiam ser usados para pagá-la – atingiu 63,0% do PIB em 2020, ou R$ 4,670 trilhões, o que representa aumento de 8,5 pp em relação a 2019.

O aumento do déficit primário contribuiu com 9,5 pp para a expansão, seguida pela incorporação de juros (+4,2 pp). Estes efeitos foram mitigados pela desvalorização do real (-4,3 pp), que no caso da dívida líquida reduz o endividamento porque aumenta o valor das reservas internacionais, e do ajuste da paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (-0,9 pp).