São Paulo – O vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) Philip N. Jefferson proferiu um discurso nesta segunda-feira abordando os canais atuais de comunicação do Fed, a evolução histórica das comunicações do banco central e os desafios enfrentados pelos decisores políticos nesse contexto.
Durante a conferência “Central Bank Communications: Theory and Practice”, promovida pelo Fed de Cleveland, Jefferson iniciou sua fala destacando os diversos meios de comunicação utilizados pelo Fed para interagir com o público, incluindo “declarações após reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), atas do FOMC, Resumo das Projeções Econômicas (SEP) e relatórios periódicos de política monetária, estabilidade financeira e supervisão e regulação.”
Além disso, ressaltou a importância de ouvir o feedback do mercado financeiro, empresas e famílias, enfatizando “a necessidade de uma comunicação clara e transparente para orientar as expectativas do público e melhorar os resultados macroeconômicos.”
Ao longo de sua apresentação, Jefferson traçou uma linha do tempo da evolução das comunicações do Fed, desde “a era em que a divulgação das decisões sobre taxas de juros era mínima até os dias atuais”, marcados por “uma crescente transparência e uso estratégico da comunicação como ferramenta política.”
Destacou-se a contribuição de figuras como a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, cujo trabalho colaborativo influenciou positivamente essa transformação, evidenciando “a importância da comunicação clara na estabilização da economia e no cumprimento dos objetivos do banco central.”
Durante a sessão de perguntas e respostas, Jefferson também compartilhou dados recentes sobre a economia, destacando que “muito progresso foi feito desde 2022”, com a inflação em queda e a economia continuando a crescer. Ele enfatizou que “o mercado de trabalho continua resiliente” e que a economia está em “um patamar forte em termos de criação de empregos.”
Segundo o vice-presidente, “é apropriado manter a política monetária no patamar atual”, enquanto continuam “a procurar evidências de que a inflação está chegando na meta de 2%.”