Economia dos EUA receberá injeção de US$ 1,9 tri após aprovação de pacote na Câmara

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São Paulo – A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou a versão final do projeto de lei de alívio ao novo coronavírus de US$ 1,9 trilhão com um placar de 220 votos a favor e 211 contrário. A medida agora segue para a assinatura do presidente norte-americano, Joe Biden, que deve sancioná-la na sexta-feira, segundo a Casa Branca.

O projeto de lei de alívio ao novo coronavírus, conhecido como Plano de Resgate Americano, prevê pagamentos direitos de US$ 1.400 aos norte-americanos e um benefício semanal aos desempregados de US$ 300, além de recursos para o programa de vacinação contra a covid-19 e apoio aos governos estaduais e municipais.

A legislação também destina US$ 7,5 bilhões para distribuição de vacinas contra a covid-19, US$ 48 bilhões para testes e esforços de rastreamento de contratos, US$ 22 bilhões para assistência de aluguel, US$ 39 bilhões para creches, US$ 29 bilhões para a indústria de restaurantes e mais de US$ 160 bilhões para escolas e universidades.

Depois de uma pressão dos democratas de centro no Senado, os legisladores reduziram alguns elementos do projeto. Os pagamentos diretos cairão para zero para indivíduos com renda de US$ 80 mil e casais com renda de US$ 160 mil, uma diminuição mais rápida do que em pacotes de ajuda anteriores.

Além disso, o projeto original aprovado na Câmara previa um benefício aos desempregados de US$ 400 por semana, que foi alterado no Senado para US$ 300. A medida ainda expandirá o crédito tributário infantil, aumentando o benefício de US$ 2 mil para US$ 3 mil por criança, com um bônus de US$ 600 para menores de seis anos, além de torná-lo reembolsável e autorizar pagamentos periódicos.

Para aprovar um pacote tão amplo e que tinha a oposição republicana, os democratas usaram a reconciliação orçamentária. Sob esse mecanismo, um projeto de lei pode ser aprovado no Senado com maioria simples e não com o mínimo de 60 votos.

O uso da reconciliação, no entanto, limitou o que os democratas poderiam incluir no projeto de lei, obrigando o partido a abandonar o esforço de aumentar o salário mínimo para US$ 15 por hora.