São Paulo – Embora o Conselho de Parceria de Investimentos (CPPI) tenha recomendado que a finalização das obras de Angra 3 seja por meio de EPC, engineering, procurement and construction, no termo em inglês, a Eletrobras não descarta um parceiro estratégico como dito inicialmente.
“Um parceiro na obra não está totalmente descartado. É um ativo que não pode ficar sob controle direto da Eletrobras no processo de privatização.
Angra 1 e 2 já foram problemáticas, mas hoje geram ebitda positivo e os investimentos estão praticamente pagos”, afirmou o presidente da estatal, Wilson Ferreira Junior, durante uma live da Genial Investimentos.
O executivo fez questão de ressaltar que só pela entrada de Angra 3 teria uma queda de 1,3% no preço da energia. “Investimento nos próximos anos de ter para manter o cronograma de entrada em operação em 2026, investido quase R$ 1 bilhão neste ano. Estamos com assistência do BNDES e otimizando esse projeto”.
Diferentemente do passado, mais precisamente em 2010, quando iniciou-se o projeto para as obras de Angra 3, o BNDES e a Caixa Econômica Federal fizeram empréstimos abaixo de preço de mercado.
“Neste caso com a tarifa correta acima de R$ 480 por megawatts-hora (MWh) e um financiamento adequado a usina que tem uma taxa atrativa de retorno. A empresa não tem mais nenhuma geração a ser entregue. Esse investimento vai dar muita alegria a empresa ainda”.
No último dia 10, o CPPI definiu ainda que para finalizar as obras de Angra 3 a estatal considere a segregação do risco de construção e financiamento, de forma que os riscos financeiros e de construção não recaiam sobre um mesmo agente, equacionar as principais dívidas relacionadas a usina, construir garantias robustas de financiamento, dentre outros.
A próxima etapa do projeto consiste na contratação pelo BNDES de consultorias especializadas que realizarão estudos sólidos (due diligences), especialmente para confirmar o valor do custo de finalização da obra.