Eletrobras comunica TST que não aceitará mediação de acordo coletivo de trabalho

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Foto Divulgação/ Eletrobras

São Paulo, 6 de junho de 2024 – A Eletrobras comunicou o Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta quinta-feira que não pretende participar de mediação para renegociar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024/2026, conforme havia sido solicitado por sindicatos, segundo comunicado interno visto pela Agência Safras News.

No comunicado, a companhia elétrica afirma que flexibilizou e melhorou sua proposta durante as reuniões, buscando avançar em “uma nova estrutura de remuneração e carreira sem descuidar de ganhos efetivos e avanços profissionais ao seu quadro de pessoal”.

“Considerados os avanços feitos pela Eletrobras ao longo do processo de negociação, a empresa protocolou agora petição no Tribunal Superior do Trabalho (TST) esclarecendo os motivos para a sua não participação no processo de mediação para reabertura da negociação do ACT”, diz o comunicado.

“Esta decisão é uma forma de respeito aos nossos profissionais, inclusive aos que já aprovaram e assinaram o acordo, às instituições e aos representantes dos trabalhadores, pois a empresa entende que um esforço de mediação somente deve ser feito quando a negociação direta entre as partes não chega a uma proposta justa e equilibrada, ou seja, quando não são obtidos avanços nas negociações bilaterais”, diz a empresa.

A empresa destaca que, nos dois meses de negociação com os sindicatos, flexibilizou e melhorou a proposta em todas as reuniões realizadas, mantendo a disposição em chegar a um acordo vantajoso para seus profissionais.

A empresa incorporou avanços concretos na proposta e concordou e incorporou boa parte das demandas recebidas. Com isso, a empresa entende que não há motivos para reabrir o processo de negociação por meio de mediação.

Alguns sindicatos aprovaram em assembleias nesta semana a rejeição da proposta final encaminhada pela companhia, com indicativo de greve a partir do dia 10 de junho caso não houvesse mediação no TST.

Ontem (5), o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) informou que os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Eletrobras, em conformidade com o encaminhamento da entidade, decidiram em assembleias rejeitar a proposta apresentada pela companhia para o Acordo Coletivo de Trabalho e aprovaram a deflagração de uma greve por tempo indeterminado a partir de 10 de junho.

O órgão que congrega as entidades representativas dos trabalhadores e trabalhadoras do setor elétrico nacional disse que a categoria também buscaria a reabertura das negociações e a mediação do TST para alcançar um acordo “justo e digno” para todos.