São Paulo – O conselho de administração da Eletrobras aprovou o Plano de Negócios e Gestão 2020-2024, que prevê investimento total de R$ 32,394 bilhões no período, sendo R$ 13,9 bilhões para as obras da usina nuclear de Angra 3, que será realizado pela subsidiária Eletronuclear.
Para Angra 3, a expectativa da empresa é que o modelo de negócio seja aprovado até o primeiro semestre de 2020. Do total a ser investido, R$ 5,285 serão realizados em 2020, enquanto R$ 6,709 bilhões em 2021, R$ 7,389 bilhões em 2022, R$ 6,863 bilhões em 2023 e R$ 6,146 bilhões em 2024.
De acordo com a estatal, o plano foi elaborado antes da pandemia do Covid-19, nome do novo coronavírus, e, portanto, qualquer tipo de impacto não foi contemplado neste programa.
Em comunicado, a companhia fez questão de ressaltar que a prioridade será avaliar e implementar alternativas de capitalização, por meio do projeto de lei (PL) 5.877/2019, enviado ao Congresso Nacional.
A estatal espera uma alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda ajustado abaixo de 2,5 vezes para 2020, enquanto o PMSO regulatório a meta é de 1,0 neste ano. A taxa de frequência de acidentes por afastamento é de 2,48 em 2020. No quesito governança, o número de fraquezas materiais prevista pela Eletrobras é zero.
Além disso, a empresa quer implementar o orçamento base zero, reduzir as despesas operacionais e melhorar a elaboração, gestão e controle do orçamento. A economia estimada com a implantação do programa base zero é R$ 282 milhões em 2020, R$ 181 milhões em 2021 e R$ 31 milhões em 2022, totalizando R$ 494 milhões.
A Eletrobras quer também consolidar sua atuação jurídico-regulatória junto aos stakeholders visando ressarcimento dos valores ainda não reconhecidos pela gestão das distribuidoras, durante o período de designação, com valor estimado em setembro de 2019 de R$ 3,7 bilhões e recebimento dos valores equivalentes à parcela financeira de remuneração e depreciação não pagas no montante de R$ 10 bilhões.
Referente à Conta de Consumo de Combustível (CCC), a estatal quer o recebimento dos valores cedidos pelas distribuidoras privatizadas no montante de R$ 5,4 bilhões, do período de 2013 até 30 de junho de 2017.
Por fim, a companhia quer avaliar a viabilidade de incorporação de Sociedades de Propósito Específico (SPEs) nas quais detenha participações majoritárias e o encerramento daquelas que não apresentem viabilidade econômico-financeira.
Durante do período do programa, a Eletrobras tem por objetivo otimizar sua estrutura de capital, ampliar a sua capacidade de investimento, alcançar níveis elevados de confiabilidade dos ativos de geração e transmissão, otimizar o desempenho econômico-financeiro, expandir a base de geração e transmissão, dentre outros.