Em ata, Copom confirma que não hesitará em retomar ciclo de ajuste

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São Paulo, 27 de setembro de 2022 – O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC) enfatizou que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado. O alerta faz parte da ata da reunião Comitê do encontro realizado entre 20 e 21 de setembro.

 

“O Comitê, por unanimidade, reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, frisou o documento.

 

Segundo a ata, as opções pela elevação de juros em 0,25 ponto percentual e pela manutenção da taxa básica de juros foram amplamente debatidas. “Por um lado, a elevação adicional da taxa de juros reforçaria a postura de vigilância e refletiria a observação da atividade mais forte do que esperada. Por outro lado, em favor da manutenção, estariam a cautela e a necessidade de avaliação, ao longo do tempo, dos impactos acumulados a serem observados do intenso e tempestivo ciclo de política monetária já empreendido”.

 

Assim, a maioria do Comitê avaliou que, diante dos dados divulgados, projeções, expectativas de inflação, balanço de riscos e defasagens dos efeitos da política monetária já em território significativamente contracionista, era apropriado manter a taxa de juros no patamar de 13,75% a.a. “O Comitê reforçou que é necessário manter a vigilância, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por um período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”.

 

Dois membros do comitê votaram por uma elevação residual de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros. Esses membros argumentaram que a alta adicional fortaleceria a mensagem de comprometimento do Comitê com sua estratégia, diante da elevação das expectativas de inflação e da projeção no cenário de referência para o ano de 2024, em ambiente de incerteza sobre o nível do hiato do produto e a dinâmica da atividade. “Esses membros avaliam que os riscos de alta elencados no balanço de riscos podem ter impactos mais duradouros caso se materializem, e sugerem cautela adicional na avaliação das projeções do cenário de referência para o ano de 2024”, completa a ata.

 

Dylan Della Pasqua / Agência CMA

 

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