Em busca de reposição de reservas, Petrobras adquire 29 blocos em leilão de oferta permanente

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São Paulo, SP – A Petrobras informou que adquiriu 29 blocos na Bacia de Pelotas, no regime de concessão, em leilão realizado hoje pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no Quarto Ciclo da Oferta Permanente. A companhia priorizou ativos em áreas marítimas (offshore) e atuação em consórcio com outras empresas.

A Petrobras será operadora em todos os blocos adquiridos, sendo três em consórcio com Shell (30%) e CNOOC (20%) e 26 em consórcio só com a Shell (30%). Os novos blocos estão localizados na área de abrangência do Rio Grande do Sul.

O valor do bônus de assinatura a ser pago em abril de 2024 pela companhia é de cerca de R$ 116 milhões. Este valor representa menos de 1% dos investimentos aprovados no Plano Estratégico 2024-2028 da Petrobras e já estavam previstos no Plano.

ESTRATÉGIA

A Petrobras atuou de forma seletiva no leilão, refletindo a estratégia de recompor seu portfólio exploratório por meio de novas fronteiras com potencial geológico.

Atualmente quase 80% da produção da companhia está concentrada no pré-sal, que segue sendo seu principal ativo com grande diferencial competitivo econômico e ambiental, com
produção de óleo de melhor qualidade e com menores emissões de gases de efeito estufa.

Em complemento aos investimentos no pré-sal e na Margem Equatorial brasileira, a Petrobras busca assegurar a sustentabilidade da produção futura de óleo e gás, que se desenvolverá de forma integrada com outras fontes de energia e contribuirá para que o processo de transição energética ocorra de forma justa, segura e sustentável. Os 29 blocos se somam ao portfólio atual da companhia que conta com 47 blocos.

A aquisição dos 29 blocos exploratórios irá assegurar a incorporação de mais de 20 mil km2. Com isso, a área exploratória total da companhia passa a ser de 50 mil km2.

“Novas fronteiras, a exemplo dos blocos adquiridos hoje, são essenciais para que a demanda de energia seja atendida. Por isso, buscamos a reposição de reservas e o desenvolvimento de novas fronteiras exploratórias que assegurem o atendimento à demanda de energia durante a transição energética com a menor pegada de carbono possível”, afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

“Estamos comprometidos em desenvolver essas áreas com as mais avançadas tecnologias de descarbonização, com segurança e a responsabilidade socioambiental reconhecida em todas as operações da Petrobras”, comentou Ana Paula Zettel, gerente executiva de Parcerias e Processos de E&P da Petrobras.

PARCERIA

A Petrobras participou do leilão por meio de consórcios competitivos em linha com sua estratégia de fortalecer parcerias, compartilhando riscos e combinando competências técnicas e tecnológicas. As companhias identificaram um bom potencial geológico nestas áreas, o que suportou suas propostas competitivas. Tanto a Shell quanto a CNOOC já integram outras parcerias com o Petrobras no segmento de E&P. Após o leilão realizado hoje, haverá a etapa de qualificação dos licitantes vencedores e
posterior assinatura dos contratos.

BLOCOS

A Petrobras adquiriu os blocos P-M-1739, P-M-1737 e P-M-1797 em parceria com
a CNOOC Petroleum Brasil Ltda (CNOOC) e Shell Brasil Petróleo Ltda (Shell). O consórcio terá a Petrobras como operadora, com participação de 50%, em parceria com a Shell (30%) e a CNOOC (20%).

Em parceria com a Shell, a Petrobras adquiriu os blocos P-M-1277, P-M-1279, P-M-1281, P-M-1361, P-M-1363, P-M-1441, P-M-1443, P-M-1357, P-M-1359, P-M-1439, P-M-1516, P-M-1518, P-M-1595, P-M-1597, P-M-1793, P-M-1795, P-M-1838, P-M-1840, P-M-1520, P-M-1522, P-M-1599, P-M-1674, P-M-1676, P-M-1678, P-M-1743, P-M-1799. O consórcio terá a Petrobras como operadora, com participação de 70% e a Shell com uma participação de 30%.

O valor do bônus de assinatura a ser pago em abril de 2024 pela companhia é de cerca de R$ 116 milhões. Além do bônus de assinatura, também foi considerado como critério de julgamento do leilão o Programa Exploratório Mínimo (PEM) a ser aplicado em cada bloco, expresso em Unidades de Trabalho (UTs) que abrangem a atividade a ser realizada durante a atividade exploratória.

BALANÇO

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou na manhã de hoje a sessão pública do Quarto Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC), na qual foram ofertados a área com acumulação marginal de Japiim e 33 setores com blocos exploratórios, localizados em nove bacias sedimentares: Amazonas, Espírito Santo, Paraná, Pelotas, Potiguar, Recôncavo, Santos, Sergipe-Alagoas e Tucano.

Ao todo foram arrematados 192 blocos, alcançando o valor total de R$ 421,712
milhões, com ágio de bônus 179,69%. A previsão de investimento para as áreas arrematadas chega a R$ 2 bilhões. Os blocos ficaram com 15 empresas, sendo 6 estrangeiras e 9 nacionais, entre elas, Petrobras, Shell Brasil, Eneva, Elysian, PetroRecôncavo, Karoon Energy, CNOOC, Chevron Brasil e Equinor.

Na Bacia de Pelotas, na região sul do Brasil, ao todo, foram arrematados 44 blocos. A Petrobras vai operar em 29 áreas, sendo 26 delas em consórcio com 30% de participação da Shell e três em sociedade com Shell (30%) e CNOOC (20%) A Chevron contratou outros 15 blocos, com 100% da operação. Os setores SP-AUP1, SP-AP4, SP-AR1, SP-AR4, SP-AP3, também na Bacia de Pelotas, não receberam ofertas.

A Karoon Energy adquiriu as áreas S-M-1356 (R$ 12,67 milhões) e S-M-1482 (R$ 12,670 milhões) da Bacia de Santos, na manhã de hoje, no 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC) promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), referente ao setor SS-AP4.

A CNOOC ficou com o bloco S-M-1813, com a oferta de R$ 19,430 milhões. No setor SS-AUP5, a Equinor ficou com o bloco S-M-1378, com bônus de assinatura de R$ 62,5 milhões, e ágio de 432,82%. O setor SS-AUP4 não recebeu ofertas. Na Bacia de Potiguar, não houve oferta para o setor SPOT-AP2.

O consórcio formado por Eneva e Atem Participações adquiriu Japiim, na Bacia do Amazonas, por R$ 165 mil. A Eneva arrematou 80% da área, os outros 20% restantes ficaram com a Atem, que é proprietária da Refinaria do Amazonas. A previsão de investimento para a área é de R$ 1,2 bilhão. O Campo de Japiim, está localizado na Bacia do Amazonas, nos municípios de São Sebastião do Uatumã e Urucará, a 227 km a leste da cidade de Manaus, no Amazonas.

Na parte da tarde, acontecerá o 2º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP), no qual será ofertado blocos localizados no Polígono do Pré-Sal: Cruzeiro do Sul, Esmeralda, Jade, Tupinambá (Bacia de Santos) e Turmalina (Bacia de Campos). Seis empresas estão qualificadas e, portanto, aptas a apresentar ofertas no dia da sessão pública: BP Energy, Chevron, QatarEnergy, Petronas, Shell Brasil e TotalEnergies.