Em primeira conversa, Biden e Xi falam de comércio e direitos humanos

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50São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou ao telefone com o presidente chinês, Xi Jinping, pela primeira vez desde que assumiu o cargo em janeiro, e expressou preocupação com as práticas econômicas da China, bem como com abusos de direitos humanos.

“O presidente Biden destacou suas preocupações fundamentais sobre as práticas econômicas coercitivas e injustas de Pequim, a repressão em Hong Kong, os abusos dos direitos humanos em Xinjiang e as ações cada vez mais assertivas na região, inclusive em relação a Taiwan”, diz a Casa Branca, em comunicado.

“O presidente Biden afirmou suas prioridades de proteger a segurança, prosperidade, saúde e modo de vida do povo norte-americano, e preservar um Indo-Pacífico livre e aberto”.

Além disso, os dois líderes também conversaram sobre o combate à pandemia de covid-19 e os desafios comuns de segurança sanitária global, mudança climática e prevenção da proliferação de armas, de acordo com a Casa Branca.

“Eu disse a ele que vou trabalhar com a China quando isso beneficiar o povo norte-americano”, afirmou Biden, em uma mensagem no Twitter.

A conversa veio após Biden lançar, em uma visita ao Pentágono ontem, uma revisão da estratégia de segurança nacional para a China como parte de um esforço mais amplo para definir a abordagem de seu governo para Pequim. Biden argumentou que focar em aliados dá aos Estados Unidos uma vantagem em sua competição com a China. O presidente já havia defendido a diplomacia para alcançar os interesses norte-americanos.

No telefonema, Xi, por sua vez, disse que o relacionamento entre a China e os Estados Unidos está atualmente em um momento importante, e que é desejo comum ver o desenvolvimento sólido e estável das relações entre os dois países, com base na cooperação.

“Xi enfatizou que, embora os dois lados possam divergir em algumas questões, é crucial mostrar respeito mútuo, tratar uns aos outros como iguais e gerenciar e lidar adequadamente com as diferenças de forma construtiva”, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores da China, em comunicado.

O presidente chinês disse ainda que “a questão de Taiwan e as questões relacionadas a Hong Kong e Xinjiang são assuntos internos da China e dizem respeito à soberania e integridade territorial da China, e o lado dos Estados Unidos deve respeitar os interesses centrais da China e agir com prudência”.