Embraer cria empresa para desenvolver sistemas de propulsão elétrica para indústria aeroespacial

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São Paulo, SP – A Embraer informou que, em conjunto com sua subsidiária Embraer Aircraft Holding, Inc. (EAH) e Nidec Motor Corporation (NMC), celebrou um framework agreement. O documento estabelece os termos e condições para a criação de uma nova sociedade denominada Nidec Aerospace (Newco) para o desenvolvimento conjunto e fabricação de sistemas elétricos de propulsão para uso aeronáutico, incluindo para veículos de decolagem e pouso vertical (eVTOL) e aeronaves de asa fixa.

A Newco será uma sociedade na qual a Nidec terá 51% de participação e a Embraer, os demais 49%. A matriz da empresa será localizada na sede da NMC, em Saint Louis, Missouri (EUA), e contará com o suporte das unidades industriais das duas companhias no Brasil e no México.

Além disso, em 17 de junho de 2023, a Newco celebrou um supply agreement com a Eve, que regula o fornecimento pela Newco à Eve de Sistemas Elétricos de Propulsão e serviços
relacionados para uso aeronáutico.

Em 5 de maio de 2023, o conselho de administração da companhia aprovou a transação prevista no Framework Agreement, incluindo a constituição da Newco, o investimento da companhia na Newco e a execução dos respectivos contratos e documentos correlatos.

A conclusão das transações previstas no Framework Agreement está sujeita a condições de fechamento usuais, incluindo a aprovação das autoridades regulatórias relevantes.

Por fim, a Embraer salientou que a transação prevê contribuições adicionais pela EAH e NMC para a Newco, conforme o atingimento de determinados marcos do projeto. A companhia espera que o Fechamento ocorra até 31 de dezembro de 2023.

“O aporte inicial e os aportes subsequentes, que ocorrerão na forma de capital próprio ou empréstimos, totalizam aproximadamente US$ 78 milhões, desde o Fechamento até 2026”, concluiu a nota.

ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA

A Embraer e a Força Aérea Brasileira (FAB) anunciaram, durante a 54a edição do Paris Air Show International, que deram início aos estudos para atualização tecnológica conhecida como midlife upgrade (MLU) das aeronaves A-29 Super Tucano.

Desenvolvida para atender aos exigentes requisitos da FAB, atualmente a aeronave A-29 é utilizada no território brasileiro em missões de treinamento, interceptação aérea e vigilância, além de ser usada pelo Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), a famosa “Esquadrilha da Fumaça”.

“A FAB poderá contar com uma extensa lista de atualizações já implementadas ao longo da vida da aeronave, que mantiveram a plataforma tecnologicamente atualizada sem impactar o baixo custo operacional”, disse Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

“Desde sua entrada em operação na Força Aérea Brasileira, o A-29 tem desempenhado com excelência as diversas missões para as quais foi designado. A atualização proposta deverá permitir à Força Aérea manter a plataforma moderna e ampliar o uso operacional dessa versátil e extremamente confiável aeronave por muitos anos à frente”, disse o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno.

Exemplos de atualizações e evoluções já aplicadas ao produto, e que poderão beneficiar a FAB, são encontrados no sistema aviônico de quinta geração com capacidade de expansão, sistemas de navegação e comunicação, na ampliação da gama de armamentos, nos sensores de vigilância e de autoproteção da aeronave, além do aumento da consciência
situacional com melhorias na interface homem-máquina.

Atualmente a FAB possui uma frota de 60 aeronaves A-29, operando em cinco esquadrões diferentes, com mais de 325 mil de horas de voo. Com mais de 260 unidades entregues em todo o mundo, a aeronave já foi selecionada por mais de 15 forças aéreas, incluindo a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF).

Extremamente versátil, o A-29 pode realizar uma ampla gama de missões, incluindo ataque leve, vigilância e interceptação aérea e contra-insurgência. Robusto e versátil, o A-29 tem a capacidade de operar a partir de pistas remotas e não pavimentadas em bases operacionais avançadas com pouco apoio logístico, tudo isso aliado a baixos custos operacionais e alta disponibilidade.

A aeronave é equipada com uma variedade de sensores e armas de última geração, incluindo um sistema eletro-óptico/infravermelho com designador de laser, óculos de visão noturna, comunicações seguras de voz e dados.