Embraer reduz prejuízo ajustado no 1° trimestre de 2024

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São Paulo, 7 de maio de 2024 – A Embraer divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2024 (1T24), com prejuízo líquido ajustado de R$ 63,5 milhões, abaixo do prejuízo de R$ 460 milhões registrado no mesmo período do ano passado (1T23). O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 233 milhões, acima do Ebitda de R$ 53,9 milhões alcançado no mesmo período de 2023.

O EBIT ajustado atingiu R$33,8 milhões com uma margem de +33 M +0,8% no 1T24 (-4,4% no 1T23).

O capital de giro aumentou R$609,1 milhões durante o 1T24 devido à sazonalidade tradicional dos negócios. A Embraer, individualmente, gerou um fluxo de caixa livre ajustado negativo em R$ 1,7 bilhão no 1T24. O consumo líquido de caixa durante o período deveu-se principalmente ao maior capital de giro (ou seja, R$2,8 bilhões em estoques) em preparação para um maior número de entregas nos próximos trimestres

A receita consolidada de R$ 4,5 bilhões no 1T24 representou um aumento de +19% em relação ao ano anterior. Destaque para a Aviação Executiva, com crescimento de 2,6 vezes durante o período ( R$ 500 milhões no 1T23 para R$1,2 bilhão no 1T24) – a maior receita do 1T nos últimos 8 anos.

A Embraer entregou 25 jatos no 1T24, dos quais 18 jatos executivos (11 leves e 7 médios) e 7 jatos comerciais, alta de mais de 67% em comparação com as 15 aeronaves entregues no 1T23.

A carteira total de pedidos atingiu US$21,1 bilhões no 1T24 – o maior nível dos últimos 7 anos. A da Aviação Comercial registrou um aumento de US$2,3 bilhões (+26% em relação ao trimestre anterior). O número de entregas na Aviação Executiva foi o melhor primeiro trimestre dos últimos 8 anos, e mais do que dobrou em relação ao mesmo período do ano anterior.

A carteira de pedidos total da empresa aumentou US$2,4 bilhões, ou mais de 13% sequencialmente, chegando aos US$21,1 bilhões no 1T24 comparado a US$18,7 bilhões no 4T23. O maior aumento ocorreu na Aviação Comercial (US$ 2,3 bilhões ou +26%), enquanto o menor foi em Defesa & Segurança (-US$ 0,1 bilhão ou -4%). A carteira de pedidos da Aviação Executiva aumentou 7%, apoiada por um book-to-bill superior a 2:1 durante o trimestre, enquanto a carteira de pedidos de Serviços & Suporte permaneceu estável.

A Embraer, individualmente, investiu um total de R$437,4 milhões no 1T24 comparado com R$423,2 milhões no 1T23, impulsionada pelo crescimento em serviços de treinamento (simuladores), manutenção e Aviação Executiva. As despesas de capital totalizaram R$140,8 milhões, adições líquidas ao programa de pool (peças de reposição) outros
R$71,7 milhões (R$124,9 milhões no 1T23), adições líquidas a intangíveis R$174,0 milhões e pesquisas R$50,9 milhões. Enquanto isso, a Eve investiu um total de R$157,2 milhões durante o trimestre (R$109,2 milhões em relação ao ano anterior), dos quais R$148,2 milhões foram acréscimos líquidos de intangíveis e R$9,0 milhões em pesquisas. Consequentemente, a Embraer e a Eve investiram, de uma forma consolidada, um total de R$594,6 milhões durante o período (R$532,4 milhões há um ano atrás).

A dívida líquida da Embraer sem a Eve aumentou para R$5,2 bilhões no 1T24, comparada a R$3,9 bilhões no trimestre anterior (R$7,3 bilhões no 1T23). A geração de fluxo de
caixa livre de R$(1,7) bilhão durante o trimestre, impulsionada pela sazonalidade dos negócios, ajuda a explicar o aumento sequencial na posição da dívida líquida da empresa. Enquanto isso, a posição de caixa líquido da Eve alcançou R$911 milhões no 1T24 contra R$1,1 bilhão no trimestre (R$1,5 bilhão no 1T23), já que a empresa continuou a investir no desenvolvimento de seu eVTOL. Consequentemente, a dívida líquida consolidada totalizou R$4,3 bilhões no final do período, contra R$2,7 bilhões no trimestre anterior (R$5,8 bilhões em relação ao 1T23).

Em termos de perfil da dívida, o vencimento médio dos empréstimos diminuiu para 4,4 anos no trimestre, em comparação com 4,6 anos no trimestre anterior. A estrutura de prazo dos empréstimos foi de 96% em contratos de longo prazo e apenas 4% em contratos de curto prazo. Nesse ínterim, o custo dos empréstimos denominados em dólares americanos diminuiu para 6,19% a.a. no 1T24 contra 6,33% a.a. no 4T23, enquanto o custo dos empréstimos denominados em reais diminuiu para 6,69% contra 7,11%,
respectivamente.

GUIDANCE

A administração acredita que as estimativas atuais ainda são válidas e representam riscos e oportunidades equilibrados para as operações do ano vigente. Entregas de aeronaves da Aviação Comercial entre 72 e 80 e entregas de aeronaves da Aviação Executiva entre 125 e 135. Receita total da empresa entre US$ 6 e US$ 6,4 bilhões, margem EBIT ajustada entre 6,5% e 7,5% e fluxo de caixa livre ajustado de US$ 220 milhões ou maior para o ano.