São Paulo – A Embraer, por meio de sua subsidiária Embraer Portugal, assinou contrato no dia 11 de janeiro para vender a totalidade da participação societária em suas subsidiárias integrais Embraer Portugal Estruturas Metálicas (EEM) e Embraer Portugal Estruturas em Compósitos (EEC) para a Aernnova Aerospace, SAU, sediada na Espanha, por US$ 172 milhões, sujeito a ajustes até o fechamento da transação, informou, em comunicado.
“A EEM e a EEC são atualmente dedicadas ao fornecimento de componentes utilizados na fabricação de aeronaves pela companhia e pela Embraer Executive Aircraft. Após o fechamento da transação, a Aernnova assumirá a operação das plantas industriais da EEM e da EEC e assegurará o nível de produção de tais componentes para o portfólio de aeronaves Embraer”, informou a Embraer.
A fabricante esclarece que a transação foi aprovada por unanimidade por seu conselho de administração e espera que ela seja concluída no primeiro trimestre de 2022, após o cumprimento de determinadas condições precedentes.
“A transação insere-se no plano de otimização de ativos da companhia, que visa maximizar o uso de unidades e melhorar a rentabilidade”, finalizou.
A Embraer disse que a operação reforça e consolida o seu compromisso com Portugal, país onde a empresa mais investe na capacidade industrial, fora do Brasil, e que possui uma localização estratégica para a sua presença na Europa, e aumenta a capacidade de produção para os produtos atuais e futuros da companhia. A conclusão da transação está sujeita a um conjunto de condições que as partes envolvidas esperam cumprir no primeiro trimestre de 2022.
As fábricas de Évora têm 37,1 mil e 31,8 mil metros quadrados, respetivamente, empregam cerca de 500 pessoas, combinam tecnologias avançadas de fabricação de aeroestruturas metálicas e de compósitos, com elevado nível de digitalização e automação dos processos produtivos e produzem componentes para asas e estabilizadores verticais e horizontais para programas aeronáuticos da Embraer como os jatos executivos Praetor 500 e Praetor 600, das famílias E-Jets de jatos comerciais e o jato multimissão KC-390 Millennium, segundo a companhia.
“As unidades industriais de Évora serão os maiores centros produtivos da Aernnova no mundo, que assume a operação das fábricas e assegura o fornecimento para produção atual de aeronaves Embraer, aumentando a previsão de receitas de longo prazo da Aernnova. O acordo reforça a posição da Aernnova como fornecedora de primeira linha para aeronaves de corredor único, avançando a posição da companhia nos mercados de aeronaves executivas e de defesa. As atividades nas instalações industriais de Évora adicionarão cerca de US$ 170 milhões em receitas para a Aernnova. A capacidade das unidades industriais em Évora também permitirá a assinatura de novos contratos, seja com a Embraer ou com outros fabricantes”, acrescentou.
“Estamos satisfeitos em anunciar essa parceria com a Aernnova, uma fornecedora de renome mundial em aeroestruturas. O acordo permitirá a ampliação dos níveis de ocupação nas fábricas de Évora e a diversificação da base de clientes, trazendo novas oportunidades de negócios”, diz Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer. “Esse acordo é um importante passo da nossa estratégia de otimização de ativos, que visa maximizar o uso de nossas unidades e melhorar a rentabilidade da companhia”.
Ricardo Chocarro, CEO da Aernnova, diz que “o acordo é mais um passo na estratégia de crescimento da Aernnova, que reforça ainda mais o status da companhia como uma líder global no design e na produção de aeroestruturas. Planejamos avançar ainda mais nas operações das instalações e estabelecer Évora como um modelo na fabricação de aeroestruturas, com o suporte técnico e comercial do Grupo Aernnova – que tem um compromisso duradouro no desenvolvimento de uma indústria aeronáutica mais sustentável e digital”.