São Paulo – A mineradora vale reportou prejuízo líquido de US$ 1,562 bilhão no quarto trimestre de 2019, revertendo lucro de US$ 9,650 bilhões registrados um ano antes. O resultado está abaixo da projeção de analistas consultados pela Agência CMA que previam, em média, lucro líquido de US$ 2,254 bilhões.
Em 2019, a empresa teve prejuízo de US$ 1,683 bilhão, ante lucro de US$ 6,860 bilhões registrados no acumulado de 2018.
A receita líquida total aumentou 2%, para US$ 9,964 bilhões no trimestre, ligeiramente superior à previsão do mercado, de US$ 9,674 bilhões. O ebtida ajustado caiu 21% no período, para US$ 3,536 bilhões, na mesma base de comparação.
Por área de negócio, a receita operacional líquida de Minerais Ferrosos cresceu 5% no quarto trimestre, para R$ 8,020 bilhões, em base anual, enquanto em Carvão a receita foi de US$ 191 milhões, queda de 60%, na mesma base de comparação. Em Metais básicos, a receita subiu 2% e somou R$ 1,643 bilhões no trimestre.
No trimestre, o preço médio realizado do minério de ferro foi de US$ 98,6 por tonelada, um aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2018. Em Pelotas, o preço médio ficou em US$ 125,7 por tonelada, alta de 5%.
No carvão, o preço médio praticado pela Vale caiu 33% no quarto trimestre, para US$ 131,4 por tonelada.
Os custos e outras despesas da mineradora somaram US$ 1,163 bilhão no período, alta de 2,1 vezes na comparação anual. Deste total, Brumadinho respondeu por US$ 1,141 bilhão.
Os investimentos da Vale somaram US$ 1,472 bilhões no trimestre, 2% menor que o visto no mesmo período do ano anterior. No período, o fluxo de caixa livre das operações era de US$ 1,327 bilhão.
Ao final do trimestre, a dívida líquida era de US$ 4,880 bilhões, queda de 49% na comparação anual. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda ajustado, foi de 0,5 vez, alta queda de 0,1 ponto percentual (pp).