São Paulo – A Azul afirmou que pretende subarrendar 53 de suas aeronaves Embraer E195 para a LOT, uma companhia aérea da Polônia, e para a Breeze Aviation Group, uma companhia aérea startup com sede os Estados Unidos.
Essa transação segue a estratégia da Azul de acelerar a sua transformação da frota, a partir da substituição das aeronaves E195 por aeronaves E2 maiores e de nova geração, que são mais eficientes no consumo de combustível, devido à nova tecnologia do motor.
“O preço do combustível no Brasil é cerca de 35% mais caro do que em outras partes do mundo, por isso é essencial que a Azul passe a operar com aeronaves da próxima geração o quanto antes”, afirmou John Rodgerson, CEO da Azul.
As aeronaves Embraer E2 têm um custo por viagem 14% menor, e um custo unitário 26% menor em comparação aos E195s, além de ter 18 assentos adicionais. Essa redução de custos é impulsionada principalmente pela eficiência no consumo de combustível do E2, menor custo de aquisição e reduzidos custos de manutenção, conforme detalhado na tabela abaixo.
As vantagens da troca envolvem um aumento de 18 assentos por avião trocado. Além disso, o aluguel cai 15%, o consumo de combustível reduz 19%, a manutenção por hora voada cai 16%, com custo médio de viagem 14% menor e custo operacional por assento 26% a menos.
Como o prazo do contrato de locação da frota atual de E195s da Azul ainda restam 4,7 anos, a Azul acredita que a aceleração da transformação de sua frota irá gerar um fluxo de caixa operacional incremental de aproximadamente R$ 2,9 bilhões entre 2020 e 2027.
Adicionalmente, a substituição de toda a frota de E195 da Azul deve gerar R$ 4,8 milhões de ebitda incremental entre 2020 e 2027, ou aproximadamente R$ 16 milhões por aeronave E195 substituída, em uma base anualizada.
Devido à diferença entre o valor contábil dos arrendamentos atuais dos E195s e o valor recuperável estimado, a companhia espera reconhecer uma baixa não-caixa de até US$ 750 milhões, que será refletido no resultado do quarto trimestre da companhia.