São Paulo, SP – A Eneva divulgou na noite de ontem (12) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 102,7 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 86,9 milhões registrado no mesmo período de 2023. De janeiro a setembro, o lucro líquido
foi de R$ 1,108 bilhão, alta de 118,1% em comparação ao mesmo período de 2023.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) ICVM consolidado foi de R$ 1,134 bilhão, alta de 27,2% em relação ao 3T23, refletindo, sobretudo, o maior despacho termelétrico das usinas da Eneva nos meses de julho a setembro/24. De janeiro a setembro, o Ebtida ICVM consolidado foi de R$ 3,2 bilhões, alta de 1,4% em relação ao 3T23. Já a margem Ebitda foi de 43,9%, alta de 6,5 pontos percentuais em comparação ao 3T23. De janeiro a setembro, a margem Ebitda foi de 50,4%, alta de 6,3 p.p. na comparação com os nove primeiros meses de 2023.
A receita líquida foi de R$ 2,5 bilhões, crescimento de 8,4% em relação ao mesmo período de 2023. De janeiro a setembro, a receita líquida foi de R$ 6,5 bilhões, queda de 11,3% em comparação aos nove primeiros meses de 2023.
No 3T24, a receita operacional líquida do Upstream totalizou R$ 392,9 milhões, apresentando um aumento de 131,6% frente ao montante do 3T23, justificada, sobretudo, pelo aumento de R$ 195,4 milhões nas receitas de vendas de gás, em virtude do maior despacho das usinas do Complexo Parnaíba. Além disso, foi registrado aumento de R$ 56,3 milhões nas receitas provenientes dos contratos de arrendamento variável das termelétricas do Complexo Parnaíba que repassam margem variável para o Upstream, refletindo a maior geração nas UTEs Parnaíba I e III versus o 3T23.
No 3T24, o fluxo de caixa operacional (FCO) totalizou R$ 1,27 bilhão, sendo o maior patamar de FCO histórico registrado pela Companhia em um trimestre, impulsionado pelo resultado operacional do trimestre e pelo efeito da variação positiva de capital de giro do período. A companhia encerrou o 3T24 com saldo de caixa livre consolidado de R$ 2,123 bilhões, crescimento de R$ 423 milhões frente à posição de caixa de R$ 1,7 bilhão no final do 2T24.
A dívida bruta consolidada (líquida do saldo de depósitos vinculados aos contratos de
financiamento e custos de transação) totalizou R$ 17,4 bilhões no encerramento de setembro/24, frente a R$ 23,7 bilhões em setembro/23 e R$ 19.529 milhões ao final de junho/24. Ao final de setembro/24, o saldo de caixa da Companhia somava R$ 2.123 milhões, frente ao saldo de caixa de R$ 2.646 milhões em setembro/23, e aumento de R$ 423 milhões na comparação com o saldo de caixa registrado em junho/24, de R$ 1,7 bilhão. A dívida líquida consolidada totalizava R$ 15,3 bilhões ao final do 3T24, com relação de dívida liquida/EBITDA nos últimos 12 meses de 3,53x.
Com exceção da UTE Porto de Sergipe I, ocorreram despachos em quase a totalidade dos ativos térmicos da Eneva ao longo do 3T24, direcionados tanto para atendimento à exportação para a Argentina, quanto ao despacho para o Sistema Interligado Nacional (SIN) e para o Sistema Isolado de Roraima. A geração foi principalmente por ordem de mérito, decorrente da piora do cenário hidrológico, acentuada em setembro/24, e, também, para atendimento à ponta de carga ao longo do trimestre. Vale destacar que o despacho térmico regulatório se manteve ao longo de outubro/24 e, pela primeira vez desde a aquisição da UTE Porto de Sergipe I em 2022, houve sinalização de despacho antecipado para o período de 30 de novembro a 20 de dezembro de 2024. No 3T24 a geração líquida das UTEs da Eneva totalizou 3.524 GWh, aumento de 165% frente ao mesmo período do ano anterior.
A operação comercial de 100% do Complexo Solar Futura 1 teve início ao final de maio/23, após autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O Complexo é composto pelas UFVs Futura 1 a 22 totalizando 692,4 MWac de capacidade instalada. A conclusão da estabilização do Complexo ocorreu ao final de outubro/23, quando 100% das UFVs encontravam-se operacionais. No 3T24, a disponibilidade média do Complexo Futura manteve o patamar verificado nos últimos trimestres, alcançando 97,4% no período, frente 70,1% no 3T23, período em que o parque solar ainda se encontrava em estabilização.
No 3T24, a produção de gás natural da Eneva totalizou 0,72 bilhão de metros cúbicos (bcm), sendo 0,67 bcm no Complexo Parnaíba e 0,05 bcm na Bacia do Amazonas, no Campo de Azulão, direcionado ao suprimento da UTE Jaguatirica II. O aumento do volume de gás produzido no 3T24 frente ao 3T23 é resultado da maior demanda por gás das termelétricas no Complexo Parnaíba, para atendimento à geração para exportação e para os despachos para fazer frente à necessidade crescente do SIN.
Por sua vez, o Campo de Azulão apresentou ligeira redução no volume de gás produzido em relação ao 3T23, acompanhando o menor despacho e disponibilidade da UTE Jaguatirica II, em função da parada programada ocorrida no período. A Companhia encerrou o 3T24 com um total de reservas 2P de gás natural de 46,5 bcm, sendo 36,7 bcm de reservas na Bacia do Parnaíba e 9,9 bcm na Bacia do Amazonas, no Campo de Azulão.