São Paulo – A Engie Brasil tem observado uma melhora na hidrologia em setembro, o que pode resultar em um risco hidrológico menos intenso que o inicialmente esperado, mas ainda assim, abaixo da média histórica.
“O GSF (risco hidrológico) seria bastante profundo neste trimestre por que estamos no período seco, mas a hidrologia está melhor para o período. No ano passado houve um atraso do período chuvoso, que também foi mais curto. Então, esse sinal de melhora em setembro é positiva, mas precisamos atravessar todo o período para ter uma visão mais completa. E, mesmo com uma melhora, os reservatórios vão iniciar em níveis abaixo da média histórica”, comentou o gerente de RI da Engie Brasil Energia, Rafael Bósio.
A companhia está sendo conservadora em sua oferta de energia para conseguir atender o ano de 2022, mas espera a entrada de novas usinas e sistemas de transmissão possa reduzir o impacto do cenário de oferta de energia mais restrito.
Em relação ao acidente que resultou na morte de sete profissionais nas operações para implantação de parte das linhas de transmissão do projeto Novo Estado, no município de Pacajá (PA), em julho, o executivo disse que não deve comprometer a entrada em operação do projeto em 2023.
A Engie Brasil disse que o seu foco de crescimento em geração de energia está em renováveis. Na semana passada comprou um projeto de energia solar de 150 MW e totaliza 2,3 GW em novos projetos que vão entrar em operação em eólica e solar.
“A demanda por equipamentos aumentou e vamos continuar investindo em eólica. Temos um projeto em Santo Agostinho, no RN, atualmente em construção, e outros dois em análise”, disse.
“O impacto da crise energética será reduzido pois a companhia está preparada em termos de portfólio, vamos elaborar uma estratégia para ajudar a mitigar esse risco. A crise hídrica vem desde 2014 e mesmo assim crescemos nosso ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização)”, finalizou.