São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) elevaram a previsão para a taxa básica de juros (Selic), passando de 5,75% para 6,25% ao fim deste ano, de 5,50% há um mês. Para 2022, a estimativa seguiu em 6,50% pela quarta vez, enquanto para 2023 e 2024, a previsão para o juro básico foi mantida em 6,50% cada, há 11 e há sete semanas, respectivamente.
Já a previsão do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano subiu pela décima vez seguida, passando de 5,44% para 5,82%. Há um mês, a projeção era de +5,15%. Para 2022, a projeção passou de 3,70% para 3,78%, na quinta alta seguida. Já em 2023 e 2024, a previsão foi mantida em 3,25% em ambos há 48 e 20 semanas, respectivamente.
Ainda no âmbito do IPCA, a estimativa para os próximos 12 meses teve alta, indo de 4,16% para 4,31%, de 4,16% há um mês. É válido lembrar que as metas de inflação para 2021, 2022 e 2023 são de 3,75%, 3,50% e 3,25%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A estimativa em relação à expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país ao fim deste ano subiu pela sétima vez, de 4,36% para 4,85%, de 3,45% quatro semanas antes. Para 2022, a previsão de crescimento econômico oscilou em queda, passando de 2,31% para 2,20%, de 2,38% há um mês. Enquanto para 2023 e 2024, a projeção permaneceu em 2,50%, cada, há 119 e 66 semanas, nesta ordem.
Por fim, a projeção para a taxa de câmbio ao fim de 2021 recuou de R$ 5,30 para R$ 5,18, de R$ 5,30 quatro semanas antes. Para 2022, a estimativa passou de R$ 5,30 para R$ 5,20. Em 2023, a cotação do dólar em relação ao real oscilou de R$ 5,20 para R$ 5,19. Já para 2024, o mercado revisou a projeção para o câmbio, de R$ 5,06 para R$ 5,00, de R$ 5,10 quatro semanas antes.
BALANÇA COMERCIAL
Os economistas consultados pelo Banco Central mantiveram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 em US$ 68 bilhões pela segunda semana segiuda. Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo foi corta de US$ 60,35 bilhões para US$ 60 bilhões. Já para 2023 a previsão foi elevada a US$ 63,38 bilhões, de US$ 60,6 bilhões na semana passada. Para 2024, a previsão de superávit comercial caiu a US$ 64,15 bilhões, de US$ 64,95 bilhões antes.
Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 passou de -US$ 1,08 bilhão para -US$ 270 milhões; para 2022, a previsão ficou em -US$ 18,6 bilhões; para 2023, a projeção permaneceu em -US$ 21 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes foi mantida em -US$ 42 bilhões.
Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos no âmbito do Investimento Direto no País (IDP) em 2021 foi elevada a US$ 58,9 bilhões, de US$ 57,65 bilhões na semana anterior. Para 2022, a projeção subiu de US$ 65,7 bilhões para US$ 66,99 bilhões. Em relação a 2023, a projeção permaneceu em US$ 70 bilhões, enquanto para 2024 foi elevada a US$ 71,82 bilhões, de US$ 70,91 bilhões antes.