São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) elevaram a projeção para a taxa básica de juros (Selic) para 5,50% ao fim deste ano, de 5,25% na semana passada. Há um mês, a estimativa era de 5,00%. Para 2022, a previsão subiu para 6,13%, após ficar em 6,00% por quatro semanas, mesmo nível de um mês atrás.
Em 2023, a previsão seguiu em 6,50% pela quarta semana, enquanto para 2024, a projeção subiu de 6,13% para 6,50%, de 6,38% há um mês. Os analistas também elevaram a estimativa para o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano pela terceira vez seguida, de 4,92% para 5,01%. Há um mês, a previsão era de +4,81%. Para 2022, a estimativa ficou em 3,60%, após três semanas de alta.
Ainda para o IPCA, as projeções foram mantidas em 2023 e 2024 em +3,25%, respectivamente, há 41 e há 13 semanas. Ainda no âmbito da inflação oficial, a previsão para os próximos 12 meses subiu de 3,89% para 4,01%, enquanto há um mês, o mercado previa +4,09%.
Em relação às expectativas para a atividade econômica, o mercado financeiro revisou para cima, após sete semanas consecutivas de recuo, a estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano, passando de 3,04% para 3,09%. Há um mês, a projeção era de +3,18%. Para 2022, a projeção oscilou se manteve em 2,34%, mesmo nível de quatro semanas antes. Para os demais anos, 2023 e 2024, a estimativa de crescimento econômico foi mantida em 2,50%, cada, há 112 e 59 semanas, respectivamente.
Por fim, para a taxa de câmbio ao fim de 2021, após quatro altas seguidas, os analistas seguiram com a estimativa de R$ 5,40, de R$ 5,33 há um mês. Para os demais anos, as projeções foram revisadas para cima, passando de R$ 5,26 para R$ 5,40 em 2022, alta pela segunda vez; de R$ 5,00 para R$ 5,17 em 2023; enquanto para 2024, a cotação do dólar em relação ao real subiu para R$ 5,08, depois de sete semanas seguidas em R$ 5,00.
BALANÇA COMERCIAL
Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 pela terceira semana seguida, a US$ 59 bilhões, de US$ 57,65 bilhões. Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo foi elevada pela quinta semana seguida, a US$ 54,55 bilhões, de US$ 54,05 bilhões na semana passada.
Já para 2023 a previsão foi reduzida a US$ 55,0 bilhões, de US$ 55,9 bilhões no relatório anterior. Para 2024, a previsão de superávit comercial passou de US$ 55,1 bilhões para US$ 55,0 bilhões.
Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 passou de -US$ 10,0 bilhões para -US$ 5 bilhões; para 2022, a previsão foi de -US$ 20,6 bilhões para -US$ 20,3 bilhões; para 2023, passou de -US$ 30,55 bilhões para -US$ 32,05 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou de -US$ 38,90 bilhões para -US$ 39,35 bilhões.
Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos, no âmbito do Investimento Direto no País (IDP), foi mantida pela quinta semana em US$ 55 bilhões para 2021. Para 2022, a projeção permaneceu em US$ 65 bilhões. Em relação a 2023, a projeção foi mantida em US$ 66 bilhões, enquanto para 2024 foi reduzida a US$ 65 bilhões, de US$ 71,5 bilhões.
