Estímulos de Biden vão impulsionar recuperação econômica dos EUA, diz OCDE

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São Paulo – A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para cima sua projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos este ano, de 3,2% para 6,5%, e de 3,5% para 4,0% para 2022, devido aos estímulos fiscais no país.

“Fortes medidas de estímulo e melhores condições financeiras impulsionaram a atividade nos Estados Unidos”, diz o relatório. “A extensão do apoio fiscal nos Estados Unidos este ano deve ser consideravelmente maior do que na maioria das outras economias”.

A OCDE citou os estímulos aprovados em dezembro de US$ 900 bilhões (4% do PIB), em grande parte concentradas na assistência a famílias e desempregados, o que aumentou a renda disponível real das famílias e os gastos reais do consumidor.

“O próximo plano de resgate nos Estados Unidos oferece um estímulo consideravelmente maior, potencialmente aumentando a demanda agregada por entre 3-4% em média nos quatro trimestres seguintes, com repercussões bem-vindas para a atividade nos principais parceiros comerciais”, diz a OCDE.

O plano de US$ 1,9 trilhão foi aprovado no Senado, com alterações, deve passar na Câmara dos Deputados ainda hoje para então ser encaminhado para a assinatura do presidente do país, Joe Biden. Segundo a OCDE, o plano, que equivale a cerca de 8,5% do PIB, fornece um claro impulso imediato dos pagamentos de estímulo às famílias, ainda que o ritmo com que essas medidas entrarão em vigor permanece incerto.

Outras medidas, como maiores gastos de consumo final nos níveis federal e estadual e créditos fiscais, são apenas parcialmente relacionados à pandemia e pode se espalhar ao longo do próximo ano, segundo o relatório. Já a continuação da política monetária acomodatícia “ajudaria a aumentar os efeitos multiplicadores de curto prazo do pacote”.

Por fim, a OCDE disse que “efeitos da inflação mais fortes do que o esperado do estímulo fiscal dos Estados Unidos, ou divergência crescente entre os recuperação nos Estados Unidos e em outras economias avançadas, aumentaria riscos” para as economias de mercados emergentes.