São Paulo – O saldo de operações de crédito no Brasil atingiu R$ 4,266 trilhões em julho, o que representa alta de 1,2% na comparação com junho e crescimento de 16,2% ante julho do ano anterior, de acordo com dados do Banco Central (BC). A concessão de crédito somou R$ 418 bilhões em julho, com queda de 2,8% em base mensal e crescimento de 11% ante julho de 2020.
O saldo das operações de crédito para pessoas físicas foi de R$ 2,436 trilhões em julho, alta de 1,5% na comparação com junho e crescimento de 18,2% ante julho do ano anterior, enquanto o saldo das operações para pessoas jurídicas foi de R$ 1,83 trilhão em julho, subindo 0,8% na comparação mensal e crescendo 13,6% em termos anuais.
A taxa de inadimplência atingiu 2,3% do saldo total das operações de crédito, ficando inalterada na comparação com junho e caindo 0,5 pp ante julho do ano anterior. Entre as pessoas físicas, a taxa atingiu 2,9% (estável no mês; -0,6 pp no ano), enquanto entre as pessoas jurídicas a inadimplência atingiu 1,5% (estável no mês; -0,4 pp no ano).
Considerando apenas os chamados recursos livres, que não estão atrelados a programas específicos, o saldo das operações de crédito atingiu R$ 2,495 trilhões em julho, o que representa alta de 0,9% na comparação com junho e crescimento de 16,7% ante julho do ano passado, enquanto a concessão de crédito somou R$ 356 bilhões em julho, com queda de 6,8% em base mensal e crescimento de 7,4% ante julho de 2020.
Entre os recursos direcionados, que estão atrelados a programas específicos, o saldo das operações de crédito atingiu R$ 1,77 trilhão em julho, o que representa alta de 1,6% na comparação com junho e crescimento de 15,5% ante julho do ano passado, enquanto a concessão de crédito somou R$ 62 bilhões em julho, com alta de 29,4% em base mensal e crescimento de 45,1% ante julho de 2020.
JUROS
A taxa média de juros no sistema financeiro brasileiro atingiu 20,4% em julho, subindo 0,4 ponto porcentual (pp) em julho ante junho e aumentando 1,3 pp em relação a julho do ano anterior, de acordo com dados do Banco Central (BC).
Para pessoas físicas, a taxa de juros chegou a 24,6%, ficando inalterada na comparação com junho e caindo 0,1 pp ante julho do ano passado. Entre as pessoas jurídicas, a taxa atingiu 13,5% (+0,7 pp no mês; +2,8 pp no ano).
O spread bancário, diferença entre o que os bancos pagam para obter o dinheiro e os juros cobrados dos tomadores finais do crédito, atingiu 14,6 pp em julho, aumentando 0,2 pp em julho ante junho e encolhendo 0,8 pp em relação a julho do ano anterior.
Entre as pessoas físicas, o spread bancário chegou a 19,1 pp, caindo 0,3 pp na comparação com junho e caindo 2 pp ante julho do ano passado. Entre as pessoas jurídicas o spread atingiu 7,1 pp (+0,5 pp no mês; +0,2 pp no ano).