São Paulo – O saldo de operações de crédito no Brasil atingiu R$ 4,335 trilhões em agosto, o que representa alta de 1,5% na comparação com julho e crescimento de 15,9% ante agosto do ano anterior, de acordo com dados do Banco Central (BC). A concessão de crédito somou R$ 432 bilhões em agosto, com alta de 3,1% em base mensal e crescimento de 12,7% ante agosto de 2020.
O saldo das operações de crédito para pessoas físicas foi de R$ 2,485 trilhões em agosto, alta de 1,9% na comparação com julho e crescimento de 18,8% ante agosto do ano anterior, enquanto o saldo das operações para pessoas jurídicas foi de R$ 1,851 trilhão em agosto, subindo 1% na comparação mensal e crescendo 12,2% em termos anuais.
A taxa de inadimplência atingiu 2,3% do saldo total das operações de crédito, ficando inalterada na comparação com julho e caindo 0,3 ponto porcentual (pp) ante agosto do ano anterior. Entre as pessoas físicas, a taxa atingiu 2,9% (estável no mês; -0,4 pp no ano), enquanto entre as pessoas jurídicas a inadimplência atingiu 1,5% (estável no mês; -0,3 pp no ano).
Considerando apenas os chamados recursos livres, que não estão atrelados a programas específicos, o saldo das operações de crédito atingiu R$ 2,536 trilhões em agosto, o que representa alta de 1,6% na comparação com julho e crescimento de 17,3% ante agosto do ano passado, enquanto a concessão de crédito somou R$ 375 bilhões em agosto, com alta de 5,3% em base mensal e crescimento de 10,5% ante agosto de 2020.
Entre os recursos direcionados, que estão atrelados a programas específicos, o saldo das operações de crédito atingiu R$ 1,8 trilhão em agosto, o que representa alta de 1,3% na comparação com julho e crescimento de 14% ante agosto do ano passado, enquanto a concessão de crédito somou R$ 57 bilhões em agosto, com queda de 9,6% em base mensal e crescimento de 31,7% ante agosto de 2020.
JUROS
A taxa média de juros no sistema financeiro brasileiro atingiu 21,1% em agosto, subindo 0,7 ponto porcentual (pp) em agosto ante julho e aumentando 2,5 pp em relação a agosto do ano anterior, de acordo com dados do Banco Central (BC).
Para pessoas físicas, a taxa de juros chegou a 25,3%, aumentando 0,6 pp na comparação com julho e subindo 1,3 pp ante agosto do ano passado. Entre as pessoas jurídicas, a taxa atingiu 14,4% (+0,8 pp no mês; +3,7 pp no ano).
O spread bancário, diferença entre o que os bancos pagam para obter o dinheiro e os juros cobrados dos tomadores finais do crédito, atingiu 14,5 pp em agosto, diminuindo 0,1 pp em agosto ante julho e encolhendo 0,4 pp em relação a agosto do ano anterior.
Entre as pessoas físicas, o spread bancário chegou a 19,2 pp, ficando inalterado na comparação com julho e caindo 1,2 pp ante agosto do ano passado. Entre as pessoas jurídicas o spread atingiu 7 pp (-0,2 pp no mês; +0,2 pp no ano).