Jens Stoltenberg, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), disse que acredita que os Estados Unidos continuarão apoiando a Ucrânia no setor militar, mesmo com o bloqueio do orçamento que ainda não foi aprovado pelo Congresso norte-americano.
“Estou confiante de que os Estados Unidos continuarão a fornecer apoio porque é do interesse de segurança dos Estados Unidos fazê-lo e também está em linha com o que acordamos”, disse Stoltenberg numa reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da Otan em Bruxelas.
Até agora, os Estados Unidos forneceram mais de US$ 40 bilhões em ajuda à Ucrânia com armamento e recursos para o país. O governo de Joe Biden se comprometeu a apoiar o regime do presidente Volodymyr Zelensky pelo tempo que for necessário. Mas a oposição dos republicanos radicais pôs em causa o futuro da assistência dos Estados Unidos.
Na União Europeia a situação é semelhante, com dificuldades para aprovar um plano para manter o apoio à Ucrânia, por conta da oposição da Hungria.
Exorto os aliados e aliados a também se comprometerem a continuar a prestar apoio, disse Stoltenberg, apontando para 10 bilhões de euros prometidos recentemente pela Alemanha e pelos Países Baixos.
Mesmo que a linha de frente não tenha se movido tanto, os ucranianos conseguiram infligir pesadas perdas às forças russas.
O principal diplomata da Ucrânia, Dmytro Kuleba, participará da reunião na quarta-feira e os membros da Otan deverão chegar a um acordo sobre um plano de reformas destinadas a ajudar a Ucrânia a uma eventual adesão à aliança.
A Ucrânia está pressionando para aderir à aliança militar ocidental, mas ela se recusou até agora a emitir um convite formal, apesar de prometer que um dia Kiev estará nas suas fileiras.