EUA e Brasil avançam em negociações para uso de tecnologia 5G

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São Paulo – Autoridades dos Estados Unidos e do Brasil avançaram nas discussões sobre o uso da tecnologia 5G norte-americana no país, em meio a tensões com a chinesa Huawei. As negociações fizeram parte da visita do assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, a Brasília.

“Como as duas maiores democracias do hemisfério, os Estados Unidos e o Brasil têm interesse no sucesso um do outro. Juntos, podemos promover a segurança e a prosperidade compartilhadas, avançar em metas climáticas ambiciosas e combater a pandemia de covid-19”, disse Sullivan, em mensagem no Twitter.

Sullivan encontrou-se ontem com o presidente Jair Bolsonaro e várias autoridades brasileiras do alto escalão, para falar sobre cooperação no setor de telecomunicações e segurança cibernética, além do desmatamento na Amazônia e o fornecimento de vacinas.

O assessor norte-americano de Segurança Nacional fez uma reunião com o ministro das Comunicações, Fabio Faria, e eles conversaram “a respeito de cibersegurança e sobre garantir que a rede 5G traga seus benefícios prometidos a todos os brasileiros”, segundo a embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

“Produtiva reunião com o Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan. Tratamos prioritariamente de 5G. Trabalharemos conjuntamente para desenvolver soluções de Open RAN. Foi apresentado panorama do mercado global de fornecimento de chips para equipamentos de telecomunicações”, disse Faria, em mensagem no Twitter.

As reuniões ocorrem em meio a tensões entre o governo norte-americano e a gigante chinesa de telecomunicações Huawei. A empresa foi atingida por uma série de ações dos Estados Unidos nos últimos anos, parte dos esforços de Washington para conter o domínio da gigante chinesa das telecomunicações, que considera uma ameaça de espionagem.

O governo do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, manteve em vigor as sanções do governo Trump contra a Huawei e deu poucas indicações de que será mais acomodatício à empresa. A Huawei negou repetidamente que seus produtos representam riscos à segurança nacional.