São Paulo – Vários países se negaram a reconhecer os resultados das eleições parlamentares na Venezuela, realizadas ontem, que viram os aliados do presidente do país, Nicolás Maduro, conquistarem a maioria das cadeiras e retomarem o controle da Assembleia Nacional.
Para o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, as eleições foram fraudulentas. “Os Estados Unidos, junto com várias outras democracias ao redor do mundo, condenam essa farsa que falhou em atender a qualquer padrão mínimo de credibilidade”, disse.
Já a União Europeia exortou a Venezuela a iniciar um período de transição para resolver a crise política, disse o alto representante do bloco para a política externa, Josep Borrell.
“A falta de respeito pelo pluralismo político e a desqualificação e perseguição dos líderes da oposição não permitem que a UE reconheça o processo eleitoral como credível, inclusivo ou transparente e seus resultados como representativos da vontade do povo venezuelano”, disse Borrell.
O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido informou que o país também não reconhece os resultados das eleições parlamentares na Venezuela, enquanto o governo uruguaio questionou a transparência das eleições parlamentares realizadas na Venezuela e afirmou que não foram dadas as garantias mínimas exigidas em um processo democrático.
“O ato eleitoral não foi realizado de acordo com os princípios e valores democráticos, carecendo de garantias mínimas de transparência para que a vontade do povo venezuelano como um todo se reflita fielmente nas urnas”, disse o Ministério das Relações de Relações Exteriores do Uruguai em comunicado.
Na contramão, países como Rússia e Cuba apoiaram o pleito, afirmando que a votação seguiu as regras eleitorais do país.
De acordo com os resultados preliminares publicados pelo Conselho Nacional Eleitoral, após a contagem de 82% dos votos, o socialista O Grande Pólo Patriótico Simon Bolívar, apoiador de Maduro, lidera as eleições com 67,6% dos votos.
3O segundo lugar pertence ao partido da oposição, Aliança Democrática, com 17,95% dos votos. O bloco de oposição de Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país, recusou-se a participar da votação.