São Paulo – O presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou a retirada total das tropas dos Estados Unidos do Afeganistão em 1 de maio em um processo que encerra uma das maiores guerras da história recente do país.
“Chegou a hora de trazer nossos soldados de volta para casa e faremos isso com a ajuda de nossos parceiros”, afirmou ele em pronunciamento à nação, acrescentando que a presença diplomática no país vai continuar.
Biden anunciou formalmente a saída de todos os cerca de 3.500 militares até 11 de setembro. Segundo ele, a retirada sinaliza que a Al Qaeda e outros grupos terroristas associados já não representam uma ameaça para a segurança interna dos Estados Unidos, algo que servia para justificar a presença norte-americana no Afeganistão.
“Se a Al Qaeda ou o Talibã entenderem que essa retirada é uma razão para atacar os Estados Unidos, não hesitaremos em responder com força e vigor”, disse Biden.
De acordo com a agência Dow Jones, adicional de 6.500 soldados aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan, na sigla em inglês) também estão no Afeganistão e os Estados Unidos ajudarão essas forças a se retirarem até setembro.
“Não podemos continuar o ciclo de estender ou expandir nossa presença militar no Afeganistão na esperança de criar as condições ideais para nossa retirada, esperando um resultado diferente”, afirmou Biden.
“Agora sou o quarto presidente americano a presidir uma presença de tropas americanas no Afeganistão. Dois republicanos. Dois democratas. Não vou passar essa responsabilidade para um quinto”, acrescentou.
Críticos da decisão temem que o governo afegão apoiado pelos Estados Unidos possa entrar em colapso rapidamente assim que a coalizão sair em face do ressurgimento do Talibã, e que um Afeganistão controlado pelo grupo reprima seus cidadãos e seja um terreno fértil para grupos terroristas operarem.