São Paulo – O governo dos Estados Unidos está avaliando quais serão os próximos passos com relação à China, após a reunião entre autoridades do alto escalão dos dois países na semana passada, e não descarta futuras sanções, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, em coletiva de imprensa.
Segundo ela, o governo norte-americano aplicou sanções contra suas autoridades da China “em reação contra o que sentimos ser sérios abusos de direito humanos” na província de Xinjiang. Psaki afirmou que os europeus se sentiram da mesma forma ao também sancionar oficias da China por abusos contra minorias étnicas e religiosas.
“Nenhuma reunião vai mudar nossas preocupações relacionadas a isso”, disse ela, citando que o governo norte-americano adotou ações, em conjunto com Reino Unido, Canadá e União Europeia (UE). “Isso mostra nosso compromisso contínuo em trabalhar multilateralmente” em defender os direitos humanos.
“Continuamos a ter grandes preocupações sobre os crimes da China contra humanidade e genocídios em Xinjiang, mas não tenho nada sobre prever futuras sanções”, disse. “Esta é uma questão que foi mencionada na reunião da semana passada” e também pelo presidente norte-americano Joe Biden ao conversar com o presidente chinês Xi Jinping há algumas semanas.
Ao ser questionada sobre os próximos passos dos Estados Unidos se a China não mudar suas atitudes, Psaki disse que “sanções visam a mudar comportamentos, mas não vou descartar nem incluir nenhuma ação”, uma vez que a administração está em seus primeiros 62 dias.
“Vamos avaliar quais são os próximos passos apropriados em coordenação de perto com nossos aliados e parceiros ao redor do mundo”, disse. “Temos certeza que os chineses estão percebendo que estamos trabalhando mais próximos de nossos aliados e parceiros do que os últimos quatro anos, e estamos focados em adotar passos para melhorar nossa competitividade no país e no exterior”.
Com relação à reunião entre autoridades norte-americanas e chinesas na semana passada no Alasca, Psaki disse que “esperamos conversas diretas e duras com os pares chineses em questões amplas e isso foi o que aconteceu”, em uma reunião “substancial” de dois dias.
Segundo ela, foram abordadas preocupações com abusos de direitos humanos, agressões em Hong Kong, Taiwan, e preocupações econômicas e sobre propriedade intelectual. “Continuaremos a trabalhar com a China daqui a frente e defendendo os interesses do povo norte-americano”.