São Paulo – O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, afirmou que os Estados Unidos apresentarão uma proposta ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para estender o embargo de armas ao Irã.
“Vamos usar toda a diplomacia necessária, mas não vamos permitir que o embargo termine quando chegar o dia 18 de outubro”, disse ele em entrevista coletiva no Departamento de Estado.
A missão dos Estados Unidos, no entanto, pode não ser fácil. Rússia e China, dois dos cinco países com assento fixo no Conselho de Segurança da ONU e que detêm poder de veto, querem que o embargo à venda de armas convencionais ao Irã termine em 18 de outubro, conforme estabelecido em uma resolução de 2015.
A resolução faz parte do acordo nuclear que o Irã assinou com China, França, Rússia, Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e União Europeia. O pacto estipula que Teerã deve reduzir seu programa nuclear e suas reservas de urânio em troca do alívio de sanções, incluindo a suspensão do embargo de armas da ONU cinco anos após a adoção do acordo.
Em maio de 2018, os Estados Unidos se retiraram do pacto nuclear e voltaram a impor sanções econômicas ao Irã. No final de junho deste ano, os Estados Unidos apresentaram um projeto de resolução no Conselho de Segurança da ONU para estender o embargo de armas da ONU contra o Irã antes que ele expire. Rússia e China já manifestaram sua oposição à proposta.
“Todos nós sabemos a ameaça que o Irã representa na região. O Irã vende armas aos rebeldes houthi [do Iêmen] e contribuem com a desestabilização daquele lado do mundo. Os Estados Unidos não vão permitir que isso aconteça”, disse Pompeo na coletiva, referindo-se ao grupo que atua no Iêmen e que tem os sauditas – aliados dos Estados Unidos – como alvo.