Europa é o novo epicentro da pandemia de coronavírus, diz OMS

971

São Paulo – A Europa se tornou o novo epicentro da pandemia de coronavírus em substituição à China, onde os primeiros casos da doença foram registrados na cidade de Wuhan em dezembro do ano passado, segundo o diretor-geral da Organização Mundial de Sáude (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“A Europa se tornou o centro da pandemia, com número de casos combinados superando o de outros países fora da China. A cada dia, a Europa tem reportado mais casos do que a China no pico do surto”, disse.

De acordo com dados recentes fornecidos por Ghebreyesus, mais de 132 mil casos da covid-19 já foram relatados à OMS, em 123 países e territórios. O número de mortes já chega a 5 mil.

A Itália é hoje o país com o maior número de casos na Europa. Dados atualizados ontem pelas autoridades do país indicam que o número total de casos registrados supera os 15 mil, incluindo mais de mil mortes.

A Espanha aparece com o segundo maior número de casos, com mais de 4 mil infectados e 120 mortes por complicações relacionadas à covid-19, segundo as autoridades de saúde do país. A França viu um aumento de quase 600 casos em 24 horas, superando os 2 mil infectados, segundo dados de ontem do Ministério da Saúde.

Diante da disparada dos casos na Europa, o chefe da OMS alertou outros países contra o tratamento descuidado da doença.

“Qualquer país que analisa a experiência de outros países com grandes epidemias e pensa que ‘isso não vai acontecer conosco’ está cometendo um erro mortal. Isso pode acontecer com qualquer pessoa”, disse.

Neste sentido, Ghebreyesus pediu que os governos usem o exemplo bem sucedido de países que viram o número de casos diminuir.

“A experiência da China, da Coreia do Sul, de Cingapura e outros países demonstra claramente que testes agressivos e rastreamento de contatos, combinados com medidas de distanciamento social e mobilização da comunidade, podem prevenir infecções por covid-19 e salvar vidas”, afirmou.

Ghebreyesus disse que a OMS enviou suprimentos de equipamentos de proteção individual para mais de 50 países e quase 1,5 milhão de testes de diagnóstico para 120 países. “Continuamos a apoiar os países na preparação e resposta”, afirmou.