São Paulo – O ex-primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, de 67 anos, morreu nesta sexta-feira (8), após ser baleado durante discurso na cidade de Nara, no oeste do país.
Abe foi atingido no pescoço, chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O político fazia campanha para o Partido Liberal Democrata nas eleições para o Senado, marcadas para domingo.
O atirador, de 41 anos, foi preso. Segundo a emissora pública NHK, o suspeito – que foi identificado como Tetsuya Yamagami, morador de Nara – usou uma arma artesanal e é ex-militar da marinha japonesa.
Ainda de acordo com a NHK, a polícia informou que o suspeito disse aos investigadores que tinha rancor contra Abe e atirou para matar.
“O ex-primeiro-ministro Abe foi baleado por volta das 11h30 da hora local (23h30 da noite de quinta-feira em Brasília) em Nara. Um homem, que se acredita ser o atirador, foi preso”, informou o ministro-chefe do governo, Hirokazu Matsuno, a repórteres, no primeiro relato oficial.
O atual primeiro-ministro Fumio Kishida disse que o ataque foi “um ato desprezível e bárbaro que ocorreu em meio a uma eleição, que é a base da democracia”, acrescentando que o caso ainda está sendo investigado.
Abe foi o primeiro-ministro que mais tempo ficou no cargo no Japão. Ele esteve no poder em 2006 por um ano e depois novamente de 2012 a 2020, antes de sair, alegando motivos de saúde.
O líder ficou conhecido por suas políticas agressivas de defesa e política externa, e desejava alterar a constituição pacifista do Japão no pós-guerra. Ele também adotou uma política econômica que ficou conhecida como “Abenomics”, pautada na flexibilização monetária, estímulo fiscal e reformas estruturais.
