Exportação de chips dos EUA para a Rússia caiu 90% com sanções por conta da guerra

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“Desde que os controles foram implementados, as exportações globais de semicondutores para a Rússia de todas as fontes caíram quase 90%, deixando as empresas russas sem os chips necessários para uma ampla variedade de produtos, incluindo armas como mísseis guiados de precisão e tanques”, disse a secretária de Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, na 35 Conferência Anual de Atualização sobre Controles e Políticas de Exportação.

O assunto principal do discurso da secretária foi a guerra na Ucrânia, juntamente com os efeitos em nível mundial e das restrições impostas à Rússia. “A Rússia lançou um ataque brutal e injustificado à Ucrânia. A competição entre democracia e autocracia continua muito real e muito séria”.

Por conta das restrições às exportações para a Rússia, o país, segundo Raimondo, enfrenta dificuldades para gerar receita, reabastecer e equipar seu setor miliar. “Ela pode ser forçada a aterrar entre metade e dois terços de suas aeronaves comerciais até 2025 para canibalizá-las para peças de reposição”.

Além da Rússia, a secretária afirmou que pode colocar na lista de países com restrições a China e outros países que podem apoiar a Rússia depois da invasão à Ucrânia. “Sabemos que outro regime autocrático a China está observando atentamente nossa resposta. Como o secretário [Anthony] Blinken observou recentemente, ‘a China é o único país com a intenção de reformular a ordem internacional e, cada vez mais, o poder econômico, diplomático, militar e tecnológico para fazê-lo'”.

Para manter a vanguarda tecnológica na produção de chips e semicondutores, o país quer continuar as restrições à Rússia e manter os países aliados unidos. “Ao fabricar a tecnologia mais sofisticada do mundo, incluindo semicondutores, em solo americano e fortalecer nossos relacionamentos com aliados e parceiros com ideias semelhantes podemos garantir nossa vantagem estratégica contra maus atores”.

A secretária afirmou que pretende aumentar a produção de chips em território americano, para diminuir a dependência de fabricantes estrangeiros, o que é visto como um sinal de vulnerabilidade de segurança nacional.