As exportações de petróleo nos principais portos da Líbia ainda estavam interrompidas na segunda-feira e a produção foi reduzida em todo o país, embora parte da produção estivesse sendo aumentada para abastecer a geração de energia local, disseram seis engenheiros com conhecimento do assunto.
As exportações permaneceram interrompidas nos portos de Es Sidra, Ras Lanouf, Hariga, Zueitina, Brega e Sirte.
A crise na produção de petróleo da Líbia acontece devido a um impasse entre facções políticas rivais sobre o controle do banco central e as receitas do petróleo. O conflito ameaça interromper um período de quatro anos de relativa paz no país, que é um importante produtor de petróleo e está dividido entre facções do leste e do oeste, com apoio da Turquia e da Rússia.
Facções do leste prometeram manter a produção de petróleo desligada até que o Conselho Presidencial e o Governo de Unidade Nacional, baseados em Trípoli, restabeleçam o governador do banco central, Sadiq al-Kabir, ao seu posto. O Conselho Presidencial, liderado por Mohammed al-Menfi, anunciou a demissão de Kabir, uma decisão rejeitada pelo Parlamento da Câmara dos Representantes e pelas forças do Exército Nacional Líbio de Khalifa Haftar.
Desde a queda do líder Muammar Kaddafi em 2011, a Líbia tem enfrentado instabilidade constante. A divisão entre facções do leste e do oeste remonta a 2014, e bloqueios de petróleo foram frequentemente usados como tática política após o fim do regime de Kaddafi. Enquanto bloqueios locais menores podem ser resolvidos em poucos dias, bloqueios maiores ligados a lutas políticas ou militares podem durar meses. O maior bloqueio registrado ocorreu em 2020, quando Haftar parou quase toda a produção por oito meses, sendo resolvido apenas como parte de um acordo mais amplo quando seu ataque a Trípoli falhou.