São Paulo – As exportações brasileiras de carne de frango, considerando produtos in natura e processados, totalizaram 4,822 milhões de toneladas ao longo do ano de 2022, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume é recorde histórico e supera em 4,6% o total exportado nos doze meses de 2021, com 4,609 milhões de toneladas.
Em dezembro, as projeções da ABPA apontavam para embarques totais neste ano de até 4,850 milhões de toneladas, número 5% superior ao alcançado em 2021,
A receita em dólares obtida com as exportações alcançou US$ 9,762 bilhões – outro resultado inédito -, desempenho 27,4% maior que o resultado alcançado em 2021, com US$ 7,663 bilhões.
Considerando apenas o mês de dezembro, as exportações de carne de frango alcançaram 386,3 mil toneladas, volume 6% menor que o registrado no último mês de 2021, com 411 mil toneladas.
Por outro lado, houve aumento de 9,2% na receita de exportações de carne de frango em dezembro, chegando a US$ 785,2 milhões, contra US$ 718,9 milhões no mesmo período de 2021.
Entre os principais destinos de exportações, a China seguiu como principal, com 540,5 mil toneladas importadasentre janeiro e dezembro de 2022, volume 15,6% menor que o registrado em 2021, com 640,4 mil toneladas. Em segundo lugar, os Emirados Árabes Unidos importaram 444,9 mil toneladas no ano passado, superando em 14,2% o total embarcado no ano anterior. Outros destaques foram as Filipinas, com 246,3 mil toneladas (+46,5%), União Europeia, com 237,9 mil toneladas (+22,8%) e Coreia do Sul, com 185,4 mil toneladas (+62,9%).
A reconfiguração do mercado internacional de proteína animal, marcado pelos efeitos do conflito no Leste Europeu, do aumento dos custos de produção na União Europeia e do quadro sanitário da avicultura nos cinco continentes, está entre os fatores determinantes para os recordes registrados no ano que se encerrou. Neste contexto, o Brasil, que nunca registrou casos e é livre de Influenza Aviária, se manteve como porto seguro para o suprimento global de carne de frango e deve sustentar os mesmos patamares de exportações em 2023, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.